Cuidado com os sete pecados financeiros das férias
Festas, bebidas, viagens e presentes. Finalmente o fim do ano chegou, repleto de tentações. Mas antes de se entregar, veja dicas para começar 2012 sem ressacas
O fim do ano finalmente chegou! É hora de comemorar os feitos dos últimos 12 meses - ou afogar as mágoas, se for o caso. Reunir amigos, primos e tios e falar besteiras, noite adentro, sem censuras. Agradar bastante quem te aguentou durante todo o ano e distribuir muitos presentes para todos. E, claro, comprar tudo aquilo que você trabalhou tanto para merecer, sem limites. Enfim, chegou a hora de se esbaldar, até que as férias terminem. Certo?
Nem tanto. É preciso cuidado, e muito, com os sete pecados financeiros escondidos nas férias de verão. Antes de adotar filosofia do "eu mereço" e se entregar às tentações, veja abaixo as dicas dos consultores Humberto Veiga e Mauro Calil para começar 2012 sem uma baita ressaca financeira.
1) Comemore com moderação
Empresa, clube, academia, antigos amigos. Não faltam convites de turmas diversas para as confraternizações de fim de ano em bares ou restaurantes. Mas esticar demais sua presença e/ou participar de todas elas pode ser muito nocivo ao bolso. Seja seletivo, participe dos encontros que são realmente necessários, que podem apresentar uma oportunidade profissional, ou com amigos muito próximos, e sem exagerar nos petiscos.
O mesmo vale para as festas caseiras e viagens. Na filosofia do "eu mereço", às vezes acabamos comprando vinhos e champagnes mais caros, refinamos a ceia e escolhemos os melhoresdestinos para o reveillon. O resultado da gastança pode anular os efeitos do bom ano que passou. Comemore, mas com moderação. Leia também: Feliz Natal e Ano Novo sem dívidas
2) Seja firme com as “caixinhas”
“Minha sugestão seria você desaparecer nesta época e só retornar após o Natal,” brinca o consultor Humberto Veiga. Como nem sempre isso é possível, ele sugere que a caixinha seja dada apenas a algum funcionário específico com o qual você se identifique.
É importante ter em mente que a caixinha não é obrigatória. As pessoas confundem a obrigação de prestar algum serviço com a necessidade de gratificação adicional além do salário que o funcionário já recebe para isso. O décimo terceiro salário é uma forma de remuneração “diferida”, isto é, deixada para depois, justamente para “salvar” a pessoa no momento de êxtase coletivo.
A sugestão do consultor Mauro Calil é dar presentes, como panetones, para aqueles que você realmente queira agradar. “Não dê caixinhas ou gorjetas. Há um constrangimento enraizado em nossa cultura sobre o assunto e muitos se aproveitam deste fato,” diz.
3) Não compre presentes na véspera do Natal
A melhor época para comprar presentes é depois do ano novo. O problema é que você está às portas do Natal. Então tente “negociar” com o futuro ganhador do presente uma entrega futura. Dê alguma forma de “vale-presente”. Outra maneira “econômica” de lidar com o tema é procurar um presente que não seja material, do tipo: massagem, aula de alguma coisa diferente (dança, teatro), ingresso para um evento. Este tipo de presente não está sujeito à sazonalidade do fim do ano e pode sair bem mais barato e ser mais criativo.
Humberto Veiga lembra que, na verdade, o Natal é uma festa religiosa cristã e está associada ao nascimento de Jesus: “Nada há que associe o nascimento de Cristo à ‘obrigação’ de dar presentes. Acontece que virou costume. Os empresários e bancos adoram este costume. A mensagem subliminar é para comprar, enquanto a visível é de ‘fraternidade e amor’”.
4) Agende os pagamentos a vencer
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