C-10 modificada
Trabalho de três anos transforma picape Chevrolet C-10 em 'ser rastejante'
- Não está faltando roda: Chevrolet C-10 com suspensão a ar beija o asfalto mesmo
A linha C-10 da Chevrolet nasceu no final dos anos 1960 cheia de opções: com ou sem caçamba, cabine dupla (duas portas e capacidade para seis ocupantes), além das séries destinadas ao Exército e à Marinha -- sem teto rígido, com parabrisa basculante. Embora tenha tantas versões, inclusive com boa variedade de cores, hoje a antiga é difícil de ser encontrada em bom estado.
Mais do que isso, uma C-10 é o tipo de "caminhãozinho" que dificilmente veríamos modificados e nas páginas de Fullpower, ainda mais se imaginássemos um utilitário desse com lataria e interior totalmente “originais”. Mesmo assim, há quem encontre criatividade para modificar esse clássico da Chevrolet, como fez o proprietário dessa laranjona cheia de equipamentos.
Quando ouvimos sobre o carro, custamos a acreditar que este exemplar de 1971 renderia uma matéria das grandes. Mas, assim que chegaram as imagens à redação, mudamos de ideia na hora e logo marcamos a sessão de fotos com a raridade.
A base para o projeto, idealizado pelo paulista Eduardo Castello, o proprietário, de 31 anos, era de modificar essa picape clássica sem agredir sua originalidade, mas aplicando uma boa dose de radicalidade. "Queria montar um carro diferente e socadão para chamar a atenção pelas ruas de São Paulo. Como tenho outra C-10 de 1974, utilizada como veiculo de trabalho, resolvi correr atrás de outra para deixá-la com estilo diferente", conta Castello.
Mais do que isso, uma C-10 é o tipo de "caminhãozinho" que dificilmente veríamos modificados e nas páginas de Fullpower, ainda mais se imaginássemos um utilitário desse com lataria e interior totalmente “originais”. Mesmo assim, há quem encontre criatividade para modificar esse clássico da Chevrolet, como fez o proprietário dessa laranjona cheia de equipamentos.
Quando ouvimos sobre o carro, custamos a acreditar que este exemplar de 1971 renderia uma matéria das grandes. Mas, assim que chegaram as imagens à redação, mudamos de ideia na hora e logo marcamos a sessão de fotos com a raridade.
A base para o projeto, idealizado pelo paulista Eduardo Castello, o proprietário, de 31 anos, era de modificar essa picape clássica sem agredir sua originalidade, mas aplicando uma boa dose de radicalidade. "Queria montar um carro diferente e socadão para chamar a atenção pelas ruas de São Paulo. Como tenho outra C-10 de 1974, utilizada como veiculo de trabalho, resolvi correr atrás de outra para deixá-la com estilo diferente", conta Castello.
DEMOROU
Quando essa C-10 1971 foi encontrada, estava bem podre, mas completa nos detalhes de acabamento, perfeita para uma restauração geral. Mas isso era apenas o primeiro passo. "Foram consumidos três anos para chegar a esse resultado", explica Castello. E, nesse intervalo de tempo, diversas histórias ficaram na lembrança do proprietário. "Os acessórios originais, avaliados como aceitáveis quando adquiri o carro, simplesmente desmanchavam quando tocados! Para deixar uma grade perfeita, fui obrigado a utilizar três peças meia-boca", conta.
Outra história, essa engraçada, é a do friso de metal que contorna o parabrisa. "Eu achei em uma C-10 de um senhor que vendia frutas na rua. Abordei o comerciante e propus um friso de plástico novo e um parabrisa zero em troca do belo e íntegro de sua picape. Passei por louco, mas ele aceitou na hora", relembra.
Quando essa C-10 1971 foi encontrada, estava bem podre, mas completa nos detalhes de acabamento, perfeita para uma restauração geral. Mas isso era apenas o primeiro passo. "Foram consumidos três anos para chegar a esse resultado", explica Castello. E, nesse intervalo de tempo, diversas histórias ficaram na lembrança do proprietário. "Os acessórios originais, avaliados como aceitáveis quando adquiri o carro, simplesmente desmanchavam quando tocados! Para deixar uma grade perfeita, fui obrigado a utilizar três peças meia-boca", conta.
Outra história, essa engraçada, é a do friso de metal que contorna o parabrisa. "Eu achei em uma C-10 de um senhor que vendia frutas na rua. Abordei o comerciante e propus um friso de plástico novo e um parabrisa zero em troca do belo e íntegro de sua picape. Passei por louco, mas ele aceitou na hora", relembra.
Acabada a peregrinação em busca de peças, era chegada a hora de mandar bala na funilaria. Além dos trampos normais para deixar a lata zerada para aplicar a impecável pintura "laranja solar" (original da C-10 anos 71 e 72), o chassi foi o item que exigiu mais trabalho. Afinal, foi totalmente refeito para receber o sistema de suspensão a ar: a carroceria roda tão baixa que é capaz de gerar faíscas em contanto com o asfalto, ou de, literalmente, enterrar a picape num terreno mais macio, como a grama...
Nesta fase do projeto, a caranga foi enviada para a Custom Suspension Air Design, de Carapicuiba (SP), onde o chassi original foi totalmente descartado. "O pessoal da Custom construiu um chassi novo, do zero, para instalar suspensões dianteiras e traseiras. A ideia era posicionar toda a mecânica mais para cima, de modo que a carroceria chegasse até o chão antes da mecânica da picape", explica Castello, que completa: "Além dos suportes tubulares de motor e suspensão, as laterais do chassi incorporaram também tanques de ar de aço inox. Escapamento, linha de combustível, tanque... Tudo teve posicionamento repensado para se adequar ao novo chassi da picape".
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