A General Motors e o Sindicato dos Metalúrgicos têm hoje negociação decisiva que pode selar o destino de cerca de 2.000 trabalhadores da planta da montadora em São José dos Campos.
A reunião, marcada para as 9h, na sede regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), terá a presença do secretário nacional do Ministério do Trabalho, Manoel Messias de Melo, do secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Carlos Ortiz, e do prefeito de São José, Eduardo Cury (PSDB).
Pelo que foi acordado no encontro do dia 24 de julho entre as partes, o Sindicato dos Metalúrgicos deve apresentar propostas à montadora para tentar evitar demissão em massa na fábrica.
Até agora, os planos apresentados pela entidade, como produção de caminhões e transferência da linha do Classic para São José, foram descartados pela GM.
Ameaça. Segundo a direção do sindicato, pelo menos 1.500 operários da linha de produção MVA correm risco de demissão. Além disso, o fechamento do MVA pode atingir funcionários de outros setores, como estamparia e fábrica de motores, segundo avaliação dos sindicalistas.
A GM encerrou a produção de três dos quatro modelos fabricados na linha MVA.
No setor eram produzidos os modelos Corsa, Zafira e Meriva. No momento, somente o Classic é montado.
Expectativa. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, disse ontem que a expectativa é para um acordo que evite a demissão.
“Se a GM mantiver a produção do Classic em São José, os empregos serão preservados. Até agora, a empresa não apresentou nenhuma proposta”, disse o sindicalista.
Segundo ele, para evitar corte de postos de trabalho na planta, é preciso ampliar a cadência de montagem do Classic de 3.000 unidades mensais para 4.500 a 5.000.
“Com a garantia dos empregos, o sindicato está aberto a negociar com a empresa outras alternativas para a fábrica de São José”, disse Barros.
A reunião, marcada para as 9h, na sede regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), terá a presença do secretário nacional do Ministério do Trabalho, Manoel Messias de Melo, do secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Carlos Ortiz, e do prefeito de São José, Eduardo Cury (PSDB).
Pelo que foi acordado no encontro do dia 24 de julho entre as partes, o Sindicato dos Metalúrgicos deve apresentar propostas à montadora para tentar evitar demissão em massa na fábrica.
Até agora, os planos apresentados pela entidade, como produção de caminhões e transferência da linha do Classic para São José, foram descartados pela GM.
Ameaça. Segundo a direção do sindicato, pelo menos 1.500 operários da linha de produção MVA correm risco de demissão. Além disso, o fechamento do MVA pode atingir funcionários de outros setores, como estamparia e fábrica de motores, segundo avaliação dos sindicalistas.
A GM encerrou a produção de três dos quatro modelos fabricados na linha MVA.
No setor eram produzidos os modelos Corsa, Zafira e Meriva. No momento, somente o Classic é montado.
Expectativa. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, disse ontem que a expectativa é para um acordo que evite a demissão.
“Se a GM mantiver a produção do Classic em São José, os empregos serão preservados. Até agora, a empresa não apresentou nenhuma proposta”, disse o sindicalista.
Segundo ele, para evitar corte de postos de trabalho na planta, é preciso ampliar a cadência de montagem do Classic de 3.000 unidades mensais para 4.500 a 5.000.
“Com a garantia dos empregos, o sindicato está aberto a negociar com a empresa outras alternativas para a fábrica de São José”, disse Barros.
Excedentes. A montadora afirma que há excedentes de prédios, equipamentos e funcionários na unidade industrial de São José e precisa fazer ajustes na planta.
Batalha. A reunião de hoje foi precedida de uma batalha política em torno da crise.
Na terça-feira, o governo federal descartou interferir na questão. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, após se reunir com a empresa, que a GM tem cumprido o acordo de manutenção do nível de emprego e está com saldo positivo.
Mantega voltou atrás ontem e informou que “não vai tolerar demissão nos setores que têm incentivo de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)”, num recado à GM (leia texto nesta página).
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também se pronunciou a favor da manutenção dos postos de trabalho na montadora.
Anteontem, após se reunir com dirigentes do sindicato, Alckmin disse que o Estado tem o programa ‘Pró-Veículo’ para estimular a atração de investimentos no setor
Mantega volta atrás e manda ‘recado’ à montadora
São José dos Campos
O governo federal reviu seu posicionamento em relação à crise na planta da GM em São José dos Campos.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem, por intermédio de sua assessoria, que “não vai tolerar o descumprimento dos acordos de não demissão nos setores beneficiados pela redução do IPI”.
Nesta semana, ele havia dito que a GM tem cumprido o acordo com o governo e estaria com saldo positivo de emprego. Segundo o ministro, demissões serão interpretadas como descumprimento do acordo. Embora genérica, a declaração foi uma reação às notícias da possibilidade de a GM fechar a unidade MVA e demitir operários do setor.
A assessoria de do Ministério da Fazenda não informou quais seriam as consequências do não cumprimento da acordo com o governo. A redução do IPI para o setor automotivo acaba no dia 31 de agosto e o segmento pressiona para que seja ampliada.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antonio Ferreira de Barros, o novo posicionamento do ministro “é uma correção da sua fala desastrosa após se reunir com a GM esta semana”.
“Essa mudança é fruto da mobilização do sindicato e também contribuiu o posicionamento do governador Alckmin em favor do emprego.”
ENTENDA A CRISE NA GM
Início
Origem
A atual crise na planta da GM em São José tem sua origem em 2008, quando foi feito o último acordo do sindicato com a montadora
Renovação
Linhas
A GM redirecionou seus investimentos para outras unidades do grupo no país e não investiu nas fábricas do complexo de São José
Último
Investimento
O último investimento feito foi na linha S10, para a produção do novo modelo da picape
Valor
Aplicado
O investimento nessa fábrica foi de R$ 800 milhões
Antigos
Fora de linha
A GM reduziu drasticamente as atividades da linha de montagem MVA com o encerramento da montagem de três modelos
Modelos
Produção
A montadora encerrou a produção do Meriva, Zafira e Corsa. Apenas uma parte do Classic permanece sendo montado
Ameaça
Demissão
Segundo o sindicato, o fechamento do MVA pode provocar cerda de 2.000 demissões na unidade --1.500 nesse setor
Reunião
Decisiva
GM e sindicato se reúnem hoje para tratar da crise
Origem
A atual crise na planta da GM em São José tem sua origem em 2008, quando foi feito o último acordo do sindicato com a montadora
Renovação
Linhas
A GM redirecionou seus investimentos para outras unidades do grupo no país e não investiu nas fábricas do complexo de São José
Último
Investimento
O último investimento feito foi na linha S10, para a produção do novo modelo da picape
Valor
Aplicado
O investimento nessa fábrica foi de R$ 800 milhões
Antigos
Fora de linha
A GM reduziu drasticamente as atividades da linha de montagem MVA com o encerramento da montagem de três modelos
Modelos
Produção
A montadora encerrou a produção do Meriva, Zafira e Corsa. Apenas uma parte do Classic permanece sendo montado
Ameaça
Demissão
Segundo o sindicato, o fechamento do MVA pode provocar cerda de 2.000 demissões na unidade --1.500 nesse setor
Reunião
Decisiva
GM e sindicato se reúnem hoje para tratar da crise
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