NAGOYA (Japão) - A previsão do tempo indica frio intenso em Toyota, nesta quarta-feira, com mínima de 0ºC e máxima de 7ºC, com possibilidade de nevascas. Nas arquibancadas do estádio, a expectativa é de pelo menos 20 mil fiéis alvinegros. Nessa atmosfera de noite gelada e calor humano, o Corinthians estreia no Mundial de Clubes contra o Al Ahly, do Egito, às 8h30 (horário de Brasília), em busca de um tão sonhado e especial troféu para a galeria do Parque São Jorge.Superado o trauma de nunca ter vencido uma Libertadores, o "bando de loucos" passou a desenvolver fixação pelo Mundial. Por mais que o Alvinegro já tenha na sua coleção a taça do primeiro Mundial organizado pela Fifa, em 2000, no Rio, triunfar no Japão tem sabor muito mais especial.
Por isso, a mobilização da torcida tomou proporções surpreendentes. São esperadas 20 mil pessoas hoje no estádio de Toyota, sendo metade vinda do Brasil. “Temos consciência da nossa responsabilidade e que podemos fazer mais de 35 milhões de pessoas felizes”, diz Tite.
O desafio do Corinthians é não deixar que a ansiedade e a pressão em cima dos jogadores (desde o dia 4 de julho, quando ganhou a Libertadores, no clube só se fala do Mundial) impeçam que o time confirme o seu favoritismo diante do Al Ahly. “Sendo um jogo só, a margem de erro fica muito reduzida. A consistência da equipe vai ser determinante para o time conseguir o resultado, muito mais do que um hipotético favoritismo”, diz Tite.
Ontem, o treinador reafirmou o pedido para que os jogadores mostrem “a cara do Corinthians” neste Mundial. E, sob o seu comando, a cara do Alvinegro passou a ser de uma equipe com padrão tático muito consistente, sólido. De forma organizada, compacta, cada jogador sabe exatamente o que tem de fazer.
A outra vaga na final será decidida amanhã entre Chelsea e Monterrey. Tirar o foco de uma possível encontro com o ingleses é outro desafio com o qual os jogadores têm convivido desde a conquista da Libertadores. Hoje é o dia para se saber se deu certo ou não a estratégia de Tite de valorizar tanto o primeiro adversário do Mundial. “O que vai acontecer no dia 16 (data da final) passa muito pelo o que a gente vai construir contra o Al Ahly”, justifica o capitão Alessandro.
O time quer vencer jogando bem, apresentando um futebol que, se não é vistoso, pelo menos é convincente. Tite sabe que para isso terá de ter paciência. Deverão ser 90 minutos de jogo tenso ou até 120 – se terminar empatado no tempo normal haverá prorrogação e, persistindo a igualdade, decisão nos pênaltis.
Como o Al Ahly não deve se expor muito, o Corinthians terá de tomar a iniciativa. “Os planos físico, técnico, tático e emocional vão ser determinantes”, explica Tite, que confessou estar com a boca seca de tanta ansiedade. Ele fala muito. Agora, chegou a hora de o seu time jogar.
Ficha técnica
CORINTHIANS:Cássio; Alessandro, Chicão, Paulo André e Fabio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Douglas; Guerrero e Emerson
Técnico: Tite
Técnico: Tite
AL AHLY:
Ekrami; Fathi, Gomaa, Nagieb e Kenawi; Said, Aboutrika, Ashour e Soliman; Gedo e Hamdy
Técnico: Hossam el Badry
Técnico: Hossam el Badry
Juiz: Marco Rodríguez (MEX)
Local: Estádio de Toyota
Horário: 8h30 (de Brasília)
Transmissão: Globo, SporTV, Band e BandSports
Local: Estádio de Toyota
Horário: 8h30 (de Brasília)
Transmissão: Globo, SporTV, Band e BandSports
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