No momento em que o Titanic terminou de naufragar, às 2h20 do dia 15 de abril de 1912, teve início uma onda de fascínio que se espalharia pelo mundo e continuaria com impressionante força mesmo cem anos após a colisão com o iceberg. Houve desastres marítimos maiores, mais mortais, mais antigos e mais recentes, mas nenhum ocupou o mesmo lugar no imaginário popular como símbolo da incapacidade humana de controlar o universo, ainda que em posse da mais avançada tecnologia. Livros, filmes , peças e exposições ajudaram a manter o público interessado pela tragédia, uma história real que parece ficção. Quando partiu em sua viagem inaugural – de Southampton, na Inglaterra, em direção a Nova York, nos Estados Unidos -, o Titanic era o maior navio do mundo e considerado “praticamente inafundável”. A bordo viajavam os donos de algumas das maiores fortunas da época, que ao lado de centenas de imigrantes pobres seriam personagens de um naufrágio em tempo de paz que deixou mais de 1,5 mil m