A General Motors e Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos entraram em um acordo. O anúncio foi feito pelo secretário nacional de Relações do Trabalho, Manoel Messias Melo, durante coletiva concedida a imprensa às 20h20 deste sábado (26) após 9h de negociação. Mais detalhes não foram informados até as 20h30. Ao todo, 1.538 funcionários correm risco de serem demitidos.
Segundo ele, o acordo agrada o governo federal porque garante a geração de empregos na planta da GM em São José dos Campos. “Acordo envolve geração de emprego, manutenção do complexo em São José dos Campos, novos investimentos na região”, disse.
O prefeito de São José dos Campos, Carlinhos Almeida (PT), também comentou o acordo, mas não informou detalhes."Quero ressaltar aqui a maturidade de ambas as partes nesse processo. Sindicato e GM fizeram um grande esforço para chegar nesse acordo. Isso é muito positivo porque abre perspectiva para uma nova relação entre eles que possibilita a manutenção da planta e novos investimentos", afirmou.
Fim
Após 9 horas de reunião, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antônio Ferreira de Barros 'Macapá', informou que teve fim a negociação com representantes da General Motors. A informação foi postada em uma rede social às 19h24 e, em poucos minutos, diversos trabalhadores responderam à informação pedindo detalhes do acordo.
A reunião foi realizada na sede do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e contou com a participação de Luiz Moan, diretor de relações institucionais da General Motors, do prefeito de São José dos Campos, Carlinhos Almeida (PT), de representantes do Sindicato dos Metalúrgicos e o secretário nacional de Relações do Trabalho, Manoel Messias Melo.
Durante a reunião, Macapá postou por volta das 15h duas mensagens em uma rede social. Na primeira, ele disse que a GM estava avaliando uma proposta feita pelo sindicato. Na segunda, lembrou os trabalhadores sobre a assembleia que será realizada na segunda-feira (28).
Começo
Na manhã deste sábado, quando o encontro teve início, o clima era amistoso. “O futuro depende do que acontecer aqui hoje”, afirmou Moan para a imprensa. Do lado de fora do prédio, cerca de 50 trabalhadores acompanharam a negociação durante todo dia.
Antes de entrar na sala de negociação, Macapá disse que o problema não é a suspensão do banco de horas nem o piso salarial. “A GM insiste em faze demissões, esse é o problema. Estamos abertos para fazer uma negociação”, afirmou ao G1.Entenda o caso
A GM anunciou em julho de 2012 a intenção de fechar o MVA, que na ocasião produzia quatro modelos - Classic, Corsa Hatch, Meriva e Zafira.
Sem um acordo em 2008 com o sindicato para a atração de novos investimentos para a planta, a GM encerrou a produção de três dos quatro veículos fabricados no local em julho e manteve apenas a produção do Classic, cuja promessa seria encerrar a produção em São José neste dia 26 de janeiro.
Com a redução na produção, a montadora avalia que a mão de obra do MVA, que empregava em agosto 1.840 funcionários, é excedente. Além disso, a direção considera a planta de São José pouco competitiva por conta do elevado custo da mão de obra em comparação com a concorrência. Se o impasse não for resolvido, a GM não descarta iniciar o processo de demissões. A GM só irá se manifestar após a reunião deste sábado.http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/01/gm-e-sindicato-selam-acordo-para-manutencao-da-fabrica-em-s-jose.html
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