Os momentos de tensão na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH,
durante uma rebelião que durou 31 horas, terminaram no início da tarde desta sexta-feira. Os líderes dos detentos se reuniram com o comitê de crise formado por autoridades de segurança do estado e resolveram assinar uma ata de reivindicações. Para o acordo valer, os reféns tinham de ser soltos e o motim interrompido imediatamente. Às 16h, os detentos acataram as ordens da autoridade. O primeiro refém a ser solto foi o agente penitenciário
Renato Andre de Paula Siqueira, que deixou o Pavilhão 1 às 16h03. Em seguida, às 16h05, a
professora Eliana da Silva também foi libertada. Os dois foram levados para uma ambulância onde receberam atendimento médico. Em seguida, deixaram a penitenciária. Eles estavam em poder dos criminosos desde as 9h desta quinta-feira. Todos os presos foram colocados no pátio do Pavilhão 1 sentados e agrupados. Todos serão revistados e depois serão levados para o Pavilhão 2. Os detentos deste bloco, foram transferidos para outras alas. Quando o imóvel onde aconteceu a rebelião estiver vazio, será feita uma varredura no local.
A reunião que pôs fim à rebelião durou aproximadamente 1h30. Os presos foram representados por Daniel Augusto Cypriano, de 29 anos, que conduziu desde o início as negociações através de um rádio comunicador, e outro detendo, identificado apenas como Caio. Os dois deixaram o Pavilhão 1, onde aconteceu a rebelião e foram para uma sala onde estavam autoridades de segurança dos Estado.
Depois do encontro, os presos voltaram para o Pavilhão 1. Eles apresentaram as propostas, que foram aceitas para os outros presos. Entre as reivindicações estava a preservação da integridade física dos rebelados e a garantia de que ninguém seja transferido. Outro pedido era o afastamento do diretor da unidade Luiz Carlos Danúbio. Porém, a Seds adiantou que ele não deixará o cargo. Ficou acertado que a Corregedoria vai apurar as denúncias.
A Seds também cedeu no pedido que teria dado início ao motim, a visita das mulheres grávidas que foi mudada. A partir deste fim de semana, todas as gestantes terão a visita normal, sem passar por aparelhos de raio x
Mediação
O advogado Ércio Quaresma, que defende Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, no caso Eliza Samúdio, chegou ao local às 7h15 após ser acionado pelo líder da rebelião, o detento Daniel Cypriano. O advogado disse ter recebido um telefonema do preso, que tem cinco condenações por roubo e uma por homicídio, no início da madrugada. Na ligação, Daniel teria dito também que além do agente penitenciário Renato Andre e a professora Eliana da Silva, cinco detentos estavam sendo observados “com status de reféns”, por ajudarem a direção do presídio. Essa informação foi negada pela Seds.
Em frente à Nelson Hungria, Quaresma voltou a falar ao telefone com os presos. “A primeira reivindicação é a retirada da direção do presídio. Sem isso, não vamos aliviar”, disse Daniel no viva voz. Quaresma disse que o detento também exigiu que ele participasse das negociações.
durante uma rebelião que durou 31 horas, terminaram no início da tarde desta sexta-feira. Os líderes dos detentos se reuniram com o comitê de crise formado por autoridades de segurança do estado e resolveram assinar uma ata de reivindicações. Para o acordo valer, os reféns tinham de ser soltos e o motim interrompido imediatamente. Às 16h, os detentos acataram as ordens da autoridade. O primeiro refém a ser solto foi o agente penitenciário
Renato Andre de Paula Siqueira, que deixou o Pavilhão 1 às 16h03. Em seguida, às 16h05, a
professora Eliana da Silva também foi libertada. Os dois foram levados para uma ambulância onde receberam atendimento médico. Em seguida, deixaram a penitenciária. Eles estavam em poder dos criminosos desde as 9h desta quinta-feira. Todos os presos foram colocados no pátio do Pavilhão 1 sentados e agrupados. Todos serão revistados e depois serão levados para o Pavilhão 2. Os detentos deste bloco, foram transferidos para outras alas. Quando o imóvel onde aconteceu a rebelião estiver vazio, será feita uma varredura no local.
A reunião que pôs fim à rebelião durou aproximadamente 1h30. Os presos foram representados por Daniel Augusto Cypriano, de 29 anos, que conduziu desde o início as negociações através de um rádio comunicador, e outro detendo, identificado apenas como Caio. Os dois deixaram o Pavilhão 1, onde aconteceu a rebelião e foram para uma sala onde estavam autoridades de segurança dos Estado.
Agente penitenciário (à esq.) foi o primeiro refém a sair. A professora (ao fundo) saiu em seguida |
A Seds também cedeu no pedido que teria dado início ao motim, a visita das mulheres grávidas que foi mudada. A partir deste fim de semana, todas as gestantes terão a visita normal, sem passar por aparelhos de raio x
Mediação
O advogado Ércio Quaresma, que defende Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, no caso Eliza Samúdio, chegou ao local às 7h15 após ser acionado pelo líder da rebelião, o detento Daniel Cypriano. O advogado disse ter recebido um telefonema do preso, que tem cinco condenações por roubo e uma por homicídio, no início da madrugada. Na ligação, Daniel teria dito também que além do agente penitenciário Renato Andre e a professora Eliana da Silva, cinco detentos estavam sendo observados “com status de reféns”, por ajudarem a direção do presídio. Essa informação foi negada pela Seds.
Em frente à Nelson Hungria, Quaresma voltou a falar ao telefone com os presos. “A primeira reivindicação é a retirada da direção do presídio. Sem isso, não vamos aliviar”, disse Daniel no viva voz. Quaresma disse que o detento também exigiu que ele participasse das negociações.
Comentários