TERROR EM BOSTON EUA: A página de Dzhokhar Tsarnaev, 19, no Facebook --o chamado suspeito nº 2 do atentado na maratona de Boston
A página de Dzhokhar Tsarnaev, 19, no Facebook --o chamado suspeito nº 2 do atentado na maratona de Boston, que deixou três mortos e 176 feridos-- mostrava o perfil de um homem jovem, com fotos vestido em um uniforme militar.
De acordo com informações do FBI, o perfil anteriormente exibia imagens do jovem exibindo armas de fogo, mas as imagens teriam sido posteriormente apagadas. Mais cedo, o primeiro suspeito, Tamerlan Tsarnaev, 26, irmão do suspeito nº 2, morreu em meio à perseguição policial, que durou toda a madrugada. De acordo com as autoridades, os dois são irmãos, vivam nos Estados Unidos há mais de um ano e são de origem tchetchena. A polícia encerrou todo o tráfego na baía de Massachusetts e decretou toque de recolher obrigatório, no âmbito da operação de perseguição ao suspeito que continua em fuga.
O canal de notícias FOX atribui ao suspeito a autoria de um blog em que há indícios do ataque. As autoridades norte-americanas ainda não confirmam a informação.
Os arquivos da cidade de Cambridge, no Estado de Massachusetts, mostram o nome de Tsarnaev em uma lista de beneficiários de uma bolsa universitária.
Os irmãos tinham visto de residência permanente nos EUA e, de acordo, com fontes da investigação, tinham experiência militar.
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Reprodução do Facebook de um dos suspeitos do ataque em Boston |
A Casa Branca informou que todas as informações da operação são passadas ao presidente Barack Obama por integrantes da agência federal antiterrorismo.
O governador de Massachusetts, Deval Patrick, suspendeu todo o serviço de transporte público na região de Boston, em especial em Watertown, onde se
concentram as buscas. O serviço federal entre Boston e o Estado de Rhode
Island também foi suspenso.
As autoridades recomendaram que os moradores da cidade e de Newton, Waltham, Allston-Brighton e Cambridge fiquem em casa e que abram a porta para agentes da polícia em caso de eventuais revistas.
Além do transporte público e do toque de recolher, os tribunais e o comércio não funcionarão até segunda ordem. Também foram fechados o MIT, onde ocorreu a morte do policial, e a Universidade Harvard, ambos em Cambridge, no subúrbio de Boston.
O chefe de polícia de Watertown, Edward Deveau, pediu força à comunidade local ante os transtornos causados pela perseguição policial.
"Nós pedimos a todos que fiquem onde estão. Nenhum tráfego de veículos será autorizado até segunda ordem. Nenhum estabelecimento comercial está autorizado a funcionar. A comunidade de Watertown sempre esteve forte, precisamos que isso se mantenha hoje".
PERSEGUIÇÃO
A perseguição pelos suspeitos começou na noite de quinta (18), com forte efetivo policial, que inclui veículos blindados e helicópteros. Neste momento, a polícia cerca um shopping de Watertown, onde acreditam que esteja o segundo suspeito.
As autoridades temem que haja explosivos, em especial granadas, na área. Mesmo com o cerco, buscas estão sendo feitas nas casas da cidade. A ação, que envolve equipes da Swat, FBI e Departamento de Segurança, além de policiais estaduais de Massachusetts e a polícia de Boston.
A ação policial teve início por volta da meia-noite (1h em Brasília), após um tiroteio dentro do campus do MIT, em Cambridge, no subúrbio de Boston. Na ação, um policial que fazia a guarda da universidade foi morto. A universidade disse que a situação é "extremamente perigosa" e pediu aos estudantes que fiquem em casa.
Segundo as autoridades locais, durante a perseguição os suspeitos sofreram um acidente em um posto de gasolina e abandonaram o veículo. Testemunhas dizem que os fugitivos lançaram granadas de dentro do carro contra os agentes, como em uma perseguição de um filme de ação.
Após intensa troca de tiros, primeiro suspeito morreu. A polícia diz que o homem morto era o que estava de boné preto nas imagens das câmeras de segurança divulgadas ontem.
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