Os zagueiros brasileiros Felipe Santana e Dante têm feito uma boa Copa dos Campeões. O defensor do Borussia pode se gabar de ter feito o gol mais importante de seu time no torneio: o da vitória diante do Málaga. Já Dante, que participou de 11 jogos, embora não tenha ido às redes impressiona pela disciplina: recebeu apenas dois amarelos (ambos na fase de grupos) e fez somente 12 faltas no torneio. O bom desempnho no Bayern o levou à seleção. O Borussia pagou R$ 5,5 milhões por Felipe. Já o Bayern desembolsou R$ 12,3 milhões por Dante
A uma decisão de Copa dos Campeões que já tem um vencedor definido: A Alemanha. A primeira final germânica da história da maior competição interclubes do mundo transformou a seleção tricampeã mundial na maior candidata a desbancar a Espanha na Copa de 2014.
Afinal, os jogadores que estão na briga pelo título europeu formam a base do time dirigido por Joachim Löw.
Oito dos 11 titulares da Alemanha em sua última apresentação, a goleada 4 a 1 sobre o Cazaquistão, pelas eliminatórias do Mundial do próximo ano, em março, defendem Dortmund ou Bayern.
Weidenfeller tem sido fundamental na campanha do Borussia. O goleiro fez ótimas defesas nos duelos contra Málaga e Real Madrid, pelas quartas de final e semifinal, respectivamente. Pesa a favor de Neuer a experiência. O goleiro do Bayern de Munique disputou a semifinal da competição com o Schalke 04 (clube do qual o Bayern o comprou por R$ 57,9 milhões) em 2010 e foi vice com o próprio Bayern no ano passado. Além disso, é o titular da seleção alemã. O último gol sofrido pelo goleiro da equipe bávara foi na partida da volta das oitavas de final, quando o Bayern perdeu por 2 a 0 para o Arsenal em casa
HEGEMONIA
Em uma possível passagem de bastão, os times alemães tiveram de desbancar nas semifinais da Copa dos Campeões os clubes que formam a base da seleção hegemônica do últimos tempos, a Espanha, apenas atual campeã mundial e bi europeia.
O Bayern humilhou o Barcelona com um placar consolidado de 7 a 0 na soma dos dois jogos. E o Borussia deixou para trás o Real Madrid com uma goleada por 4 a 1 na ida e uma derrota por 2 a 0.
Esse será o primeiro título importante do futebol alemão, com clubes ou seleção, desde que o Bayern faturou a Copa dos Campeões de 2001.
Apesar do jejum de uma década sem troféus, o país já vinha fazendo muito barulho.
O próprio Bayern foi vice europeu em 2010 e 2012. A seleção, segunda colocada no ranking da Fifa, só perdeu na final da Eurocopa de 2008 e da Copa de 2002. Também terminou os dois últimos Mundiais na terceira posição.
Mais que isso: acabou com a imagem que sempre ostentou de praticar um futebol feio e pragmático para virar sinônimo de técnica e jogo ofensivo. Tudo isso graças a garotos como Thomas Müller, Götze e Reus, hoje atletas de Dortmund ou Bayern.
"Não é surpresa nenhuma para nós essa final. Será um clássico, sem favorito, com 50% de chance para cada", disse o zagueiro brasileiro Felipe Santana, do Dortmund.
A final tem cara de fim de era para o time, campeão europeu em 1997. Jürgen Klopp se tornou um dos técnicos mais desejados da Europa. Götze já foi negociado com o Bayern. Hummels, Reus e Lewandowski receberam propostas para trocar de clube e podem ampliar o desmanche.
Seu rival, em busca do quinto título, também passará por profundas alterações na próxima temporada. A principal, no banco.
Jupp Heynckes, 68, será trocado por Pep Guardiola, espanhol que marcou época no Barcelona e que desembarca a Munique com carta branca.
Comentários