Protestos, o Brasil mostra a sua cara, Brasília: Em pronunciamento de dez minutos em cadeia nacional de rádio e televisão nesta sexta-feira (21), a presidente Dilma Rousseff afirmou que irá convidar governadores e prefeitos de todo o país para "somar esforços" e discutir um pacto para a melhoria dos serviços públicos
Em pronunciamento de dez minutos em cadeia nacional de rádio e televisão nesta sexta-feira (21), a presidente Dilma Rousseff afirmou que irá convidar governadores e prefeitos de todo o país para "somar esforços" e discutir um pacto para a melhoria dos serviços públicos nas áreas de saúde, educação e transporte. "Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país para grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos."
O pacto, segundo a presidente, terá três focos: um Plano Nacional de Mobilidade Urbana para privilegiar o transporte coletivo; a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação e trazer "de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde)". A reivindicação da redução das tarifas do transporte coletivo foi o gatilho da onda de protestos que ocorre no país há duas semanas. Na área de educação, Dilma cobrou do Congresso a aprovação do projeto que destina 100% dos royalties do pré-sal para a educação. Empronunciamento oficial anterior no Dia do Trabalho a presidente havia feito cobrança semelhante. A proposta também é defendida pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
O pacto, segundo a presidente, terá três focos: um Plano Nacional de Mobilidade Urbana para privilegiar o transporte coletivo; a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação e trazer "de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde)". A reivindicação da redução das tarifas do transporte coletivo foi o gatilho da onda de protestos que ocorre no país há duas semanas. Na área de educação, Dilma cobrou do Congresso a aprovação do projeto que destina 100% dos royalties do pré-sal para a educação. Empronunciamento oficial anterior no Dia do Trabalho a presidente havia feito cobrança semelhante. A proposta também é defendida pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
A contratação de médicos estrangeiros vem sendo defendida pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. "Precisamos tomar decisões concretas de curto e médio prazo. Interessa ao Brasil trazer médicos qualificados e bem formados, não existe nenhum preconceito em relação à origem desses médicos", disse recentemente em audiência na Câmara dos Deputados.
O pronunciamento de hoje da presidente acontece após uma série de reuniões com ministros no Palácio do Planalto nesta sexta. A fala foi gravada durante a tarde e teve duração de dez minutos (clique aqui para ler a íntegra do pronunciamento) .
Protestos
No início do pronunciamento, a presidente comentou a onda de protestos que levou, só ontem, mais de 1 milhão de pessoas às ruas do país. "Se aproveitarmos bem o impulso desta nova energia política, poderemos fazer, melhor e mais rápido, muita coisa que o Brasil ainda não conseguiu realizar por causa de limitações políticas e econômicas."
O foco será: primeiro, a elaboração do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que privilegie o transporte coletivo. Segundo, a destinação de cem por cento dos recursos do petróleo para a educação. Terceiro, trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde, o SUS
Dilma Rousseff, presidente, em pronunciamento
Dilma criticou, no entanto, a violência de "minorias autoritárias" em alguns dos protestos. "O governo e a sociedade não podem aceitar que uma minoria violenta e autoritária destrua o patrimônio público e privado, ataque templos, incendeie carros, apedreje ônibus e tente levar o caos aos nossos principais centros urbanos."
Ela pediu que os manifestantes façam seus protestos de maneira "pacífica e ordeira". "Os manifestantes têm o direito e a liberdade de questionar e criticar tudo. (...) Mas precisam fazer isso de forma pacífica e ordeira."
"Não podemos conviver com essa violência que envergonha o Brasil. Asseguro a vocês: vamos manter a ordem."
Corrupção e defesa dos partidos
Dilma defendeu a existência de partidos políticos e admitiu que o Brasil precisa de formas eficazes de combater a corrupção.
Segundo pesquisa do Instituto Datafolha feita entre os manifestantes de São Paulo, a corrupção foi o tema mais citado como motivo que os levou ao protesto de quinta-feira.
"Precisamos muito, mas muito mesmo, de formas mais eficazes de combate à corrupção. A Lei de Acesso à Informação, sancionada no meu governo, deve ser ampliada para todos os poderes da República e instâncias federativas.
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