Marina Mantega não é moça de se poupar. Tampouco de ficar em cima do muro. “Tenho a mania de falar o que penso, não ia durar um dia na política”, diz a moça, filha de Guido Mantega, ministro da Fazenda que Dilma herdou de Lula. Mas, não se engane, a herdeira do homem que cuida do nosso dinheiro tem lá seus freios. “Gosto de gastar, sim, mas tenho minhas economias.” Nas mesas domingueiras da família, Marina até busca no pai aquilo que só um pai pode dar: afeto e conselhos.
Os tais almoços são um perigo porque a origem genovesa do ministro pressupõe que ora e vez um penne ao pesto venha à mesa. “Prefiro evitar”, diz Marina, que hoje pilota na Band, às sextas-feiras, o quadro Papo de Cozinha, dentro do Dia Dia. “Tenho de manter a forma, né mesmo?”. É difícil imaginar, olhando essas fotos aí, que, no esplendor de sua forma, aos 32 anos, Marina Mantega ainda venha a se preocupar com isso. “Este foi um ensaio de maturidade”, ela comemora. “Tenho hoje uma relação tranquila com a sensualidade. Ao ver as fotos, eu mesma me surpreendi: ‘Tenho esse corpão todo?’”
– Status Ser filha do ministro da Fazenda ajuda ou atrapalha?
– Marina Mantega Sou feliz, muito feliz por ser filha dele, mas o nome Mantega atrapalha. Não ajuda em nada, complica, porque as pessoas geralmente são maliciosas, estão sempre suspeitando de proteção, de apadrinhamento, e não se interessam em me enxergar, dar um crédito a meu favor, perceber, elas mesmas, se eu tenho algum talento. Quando estava no mercado financeiro, foi pior ainda.
– Você também é economista, como seu pai?
– Não, estudei administração de empresas na PUC de São Paulo. Trabalhei nove anos no mercado financeiro. Quando meu pai virou ministro, ficou impossível continuar. Preferi sair.
– Do mercado para a tevê, uma bela reviravolta.
– Sempre quis fazer televisão. Foi um percurso natural. Tevê nunca me inibiu, fico à vontade. Mas ainda estou aprendendo, passo a passo.
– Do mercado para a tevê, uma bela reviravolta.
– Sempre quis fazer televisão. Foi um percurso natural. Tevê nunca me inibiu, fico à vontade. Mas ainda estou aprendendo, passo a passo.
– Por todas as razões você não tem medo da superexposição?
– Nenhum medo. Sei admininistrar as coisas. Inclusive a minha vaidade. Sou muito vaidosa, sim, tenho de assumir.
– E administrar a beleza…Nenhum problema. É muito bom ficar bonita e se sentir bonita.
– E administrar a beleza…Nenhum problema. É muito bom ficar bonita e se sentir bonita.
– E o assédio da rapaziada?
– Os homens têm medo de mim. Sou meio fechada, não sou de muitos risos. Por essas e por outras é que, infelizmente, estou solteira.
– Mas você não é de sair, de mergulhar na balada?
– Não. Gosto de visitar os amigos.
– Nem agora que você ancora na tevê um programa de gastronomia?
– É um programa de conversa em torno do fogão, sem pretensão de alta gastronomia. Estou aprendendo a cozinhar melhor. Aliás, posso dizer que já me viro na cozinha.
– Gosta de cozinhar para amigos em casa?
– Em casa? Não recebo ninguém. Prefiro cozinhar na casa dos outros.
– A política pode vir a ser uma tentação para você?
– Nenhuma chance. Meu pai não iria deixar, e eu não iria querer. Gosto de discutir política e economia, e fico uma fera quando falam mal da política econômica do governo. Mas percebo as ansiedades do meu pai, as injustiças que ele às vezes sofre. Eu tenho a mania de falar o que penso, não ia durar um dia na política.
Nirlando Beirão
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