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Copa do Mundo, o pesadelo para o governo Dilma

DANO À IMAGEM Dilma fala  sob vaias em Brasília, em 2013. O governo teme os efeitos da Copa (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
Tudo começou no Haiti. Em agosto de 2004, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silvaestava empolgado com o sucesso diplomático do  “Jogo da Paz”, amistoso entre a milionária Seleção Brasileira e o combinado de jogadores amadores daquele país. Começou a acalentar o sonho de realizar a Copa do Mundo no Brasil dez anos depois. Em Porto Príncipe, Lula e Ricardo Teixeira, na época presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), estabeleceram o compromisso de lutar pelo Mundial no país. Três anos depois, sem adversários na disputa, o Brasil foi escolhido como sede da Copa de 2014. Ao lado do Bolsa Família e do petróleo do pré-sal, a Copa deveria coroar a era petista no comando do país – e garantir sua prorrogação.
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Depois de ajudar a transformar Dilma Rousseff em presidente em 2010, a Copa deveria, no sonho petista, embalar sua campanha à reeleição. Seria a festa sonhada por Lula, uma onda em que os líderes do Brasil petista surfariam triunfantes. Seria. A quatro meses do Mundial, pouco resta do sonho de uma década atrás. Alerta laranja aceso, o governo e o PT desencadearam uma ofensiva na tentativa de evitar a transformação da Copa numa ameaça à campanha de Dilma – e ao futuro do governo.

Uma força-tarefa será comandada por Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência e homem da confiança de Lula. Farão parte equipes de marketing, autoridades da Polícia Federal e representantes de ministérios e de estatais – como Infraero, responsável pelos aeroportos. Lula foi escalado para dialogar com empresários e com a imprensa estrangeira. Tudo para recuperar a simpatia da opinião pública, hoje atordoada com a ineficiência governamental na realização das obras de transportes e com a fartura de dinheiro público na construção dos estádios. Já seria difícil se a estratégia fosse consenso – e ela não é. Muitos no PT acreditam que a Copa se tornou tamanha dor de cabeça que o melhor seria o governo economizar em seu envolvimento com a competição.
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Lembram que o tempo é curto. Neste momento, o país sede da Copa já deveria ter acordado para a festa e estar decorado com bandeiras, banners e outdoors alusivos ao Mundial, ainda ausentes das ruas brasileiras. Também temem que, ao encampar o discurso pró-Copa, o governo chame para si o ônus de um possível fracasso do Mundial e vire alvo de protestos de rua. Governo e PT sabem ser impossível fazer em quatro meses o que não fizeram nos últimos quatro anos. No período, Ricardo Teixeira foi substituído por José Maria Marin na CBF, Orlando Silva deu lugar a Aldo Rebelo no Ministério do Esporte e Lula saiu de cena para cuidar de sua saúde. Dilma, pouco afinada com o mundo do futebol, não se empolgou com a missão.
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Um dos coordenadores da campanha pela reeleição presidencial, o deputado estadual Edinho Silva (PT) afirma que o partido errou ao desconsiderar o futebol como possível âncora econômica, geradora de empregos. Para ele, o Planalto e o PT devem encampar a defesa da Copa nos meses que faltam, de forma que mantenham distância da Fifa. “O governo precisa defender um projeto que nos diferencie totalmente da Fifa, uma entidade com visão atrasada e conservadora em relação ao futebol. É preciso mostrar que a Copa do Brasil é a vitória de um país contra a exclusão e a estagnação econômica.”

Se fosse um empreendimento qualquer do Estado brasileiro, como o trem-bala, alguma usina hidrelétrica ou uma nova rodovia, a Copa certamente seria adiada. Pena para o governo que o evento é da Fifa – e dele não há como fugir. Dilma lançou recentemente seu único slogan para o Mundial: “Faremos a Copa das Copas”, disse Dilma. É pouco. O Brasil gostaria de ver um legado claro na infraestrutura, benefícios na economia e a população jubilante. Sobrou apenas o que já existia em qualquer Copa do Mundo: a torcida pela Seleção Brasileira. 

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ELAS

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