Reunião realizada ontem entre representantes da GM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano terminou sem acordo. O encontro tinha como objetivo principal a definição de medidas para adequação da produção diante da queda nas vendas de veículos sem que haja necessidade de cortes de postos de trabalho.
Segundo o presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, a montadora insiste na proposta de férias coletivas, enquanto os trabalhadores pedem que seja adotado o chamado day-off (folga remunerada). A diferença, explica Cidão, é que, no day-off, o trabalhador afastado continua recebendo salário integral. O período fora da empresa é subtraído do banco de horas. Nas férias coletivas, os dias que o funcionário fica em casa são descontados do benefício das férias.Cidão afirma que também está sendo discutida a situação dos 819 empregados que estão em lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) desde novembro e cujo retorno está previsto para dia 9 de junho. “Ainda não está garantida a volta deles. Estamos construindo um acordo que proteja o emprego deles por um tempo maior, e não somente até o fim do ano”, diz, referindo-se ao prazo de seis meses de estabilidade acordado com a GM.
Na semana passada, a entidade divulgou que o número de operários em lay-off chegaria a 1.719 a partir de segunda-feira – considerando os 819 que estão afastados desde novembro mais outros 900 que sairiam no dia 18. Entretanto, agora Cidão diz que 568 foram suspensos de fato e que o restante (332) deixará a produção gradativamente.
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