Os quatro adolescentes envolvidos no caso de estupro coletivo em Castelo do Piauí, no Piauí, foram condenados pela Justiça do estado a três anos de internação. Além de estupro, a sentença refere-se aos crimes de tentativa de homicídio de três jovens e homicídio de uma delas.
A penalidade é a máxima prevista pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA). Os menores, com idade entre 14 e 17 anos, ficarão
internados no Centro Educacional Masculino, localizado na capital
Teresina.
O crime ocorreu em 27 de março e exames de DNA comprovaram a
autoria do estupro. As garotas, entre 15 e 17 anos, foram atacadas
quando subiam o Morro do Garrote, ponto turístico de Castelo do Piauí.
Dominadas e desacordadas, foram violentadas e agredidas fisicamente. Ao
fim, foram jogadas do alto do de um penhasco. Uma das adolescentes não
resistiu aos ferimentos e acabou falecendo. Outra só recebeu alta no
último sábado (4) após mais de um mês de internação. A jovem ainda está
em Teresina, na casa de familiares, e passa por acompanhamento
psicológico na rede de saúde na capital piauiense.
O Ministério Público do Piauí denunciou os menores à Justiça por
atos infracionais análogos a estupro qualificado (contra menor de 18
anos), homicídio com cinco qualificadores (motivo torpe, tortura
acometida por meio cruel, impossibilidade de defesa das vítimas,
ocultação do crime de estupro e feminicídio), tentativa de homicídio e
associação criminosa.
Além dos quatro menores, o crime teve a participação de um adulto,
Adão José da Silva Sousa, 40, que foi denunciado por porte ilegal de
arma, estupro qualificado, homicídio com as mesmas cinco qualificadoras,
tentativa de homicídio, corrupção de menores e associação criminosa com
aumento de pena por envolvimento de menores. Caso seja condenado por
todos os crimes, ele poderá pegar 151 anos e dez meses de prisão,
segundo cálculos do MPE.
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