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De sexta (4) a domingo (6), a programação cultural inclui boas opções para quem gosta da temática sertaneja. No teatro, o musical Nuvem de Lágrimas faz uma ousada adaptação do romance Orgulho e Preconceito, publicado pela inglesa Jane Austen em 1813, embalada por sucessos da dupla Chitãozinho & Xororó.

'Nuvem de Lágrimas' (Foto: Divulgação)

A dupla Chitãozinho & Xororó também tem show marcado para este fim de semana, no sábado (5).

Chitãozinho e Xororó 2 — Chitãozinho e Xororó: apresentação no sábado (5) (Foto: Divulgação)

Também no sábado (5), a chef chinesa Jiang autografa seu primeiro livro de receitas, publicado pelo selo VEJA COMER & BEBER.

Jiang Pu: ela autografa o livro no sábado (5) (Foto: Ligia Skowronski)

Para ver Angelina Jolie e Brad Pitt juntos na tela, a sugestão é o drama À Beira Mar.

Confira outras boas atrações:

Musical

Nuvem de Lágrimas

VEJASP

3 avaliações

Confira horários e locais

A proposta era ousada e também bastante perigosa. Um burburinho, no entanto, desde que o projeto foi anunciado, lá pelo início do ano, se criou em torno do musical Nuvem de Lágrimas. Escrito por Anna Toledo, o espetáculo dirigido por Tânia Nardini e Luciano Andrey é uma livre adaptação do romance Orgulho e Preconceito, publicado pela inglesa Jane Austen em 1813, embalada por sucessos da dupla Chitãozinho & Xororó. Em um tempo em que, na cabeça dos produtores, qualquer acorde pode originar uma produção do gênero, o musical se mostra um surpreendente resultado de criatividade. Afinal, uma boa história aparece costurada por canções conhecidas e adequadas ao enredo e não se apoia na biografia dos astros. Na trama, ambientada no interior paulista no início dos anos 90, a comerciante Bete Borba (vivida por Lucy Alves) e do advogado Darcy (papel de Gabriel Sater) vivem às turras. As diferenças originam um clima de romance e resta ao público torcer pelo final feliz. Em um contraponto, José e Juci (interpretados por Zé Henrique de Paula e Rosana Penna), os pais da garota, atravessam uma crise. Um rico fazendeiro da região (o ator Blota Filho), ex-noivo de Juci, reaparece para recuperar o amor perdido no passado. Por meias dessas duas histórias, a montagem discute diferenças sociais e comportamentais, encontrando facilmente a empatia com a plateia. O objetivo não é surpreender ou conquistar o público pelos olhos, com cenários e figurinos luxuosos. A memória afetiva e os ouvidos, no entanto, se tornam ferramentas importantes. Fio de Cabelo, Evidências, Se Deus me Ouvisse e a canção-título garantem a identificação desse musical genuinamente sertanejo, na maioria bem interpretado e comovente pela simplicidade. Direção musical de Carlos Bauzys Com Adriana Del Claro, Letícia Maneira Zapulla, Sérgio Dalcin, Erika Altimeyer, Blota Filho, Roberto Sargentelli e outros. Estreou em 5/11/2015. Até 20/12/2015.
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Country / Sertanejo

Chitãozinho & Xororó

Sem avaliação

Confira horários e locais

São 45 anos de carreira, mas a dupla sertaneja não vive (apenas) do passado e não economiza na hora de se modernizar. No show da turnê Pura Emoção, os irmãos cantam em um palco em formato de diamante e investem em inovações na parte de iluminação. Em dado momento, Chitãozinho e Xororó pedem ao público que ligue a luz dos aparelhos celulares e os direcione para o palco, causando um efeito especial. Acompanhados de oito instrumentistas, eles entoam os clássicos Evidências e Sinônimos. Para homenagear Tom Jobim, cantam Águas de Março. Dia 5/12/2015.
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Rap

Rodrigo Ogi

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Com a proliferação das maneiras diferentes de curtir música (download, streaming, shuffle...), muitos profissionais do mercado têm questionado se continua a ser eficiente lançar um disco completo. Afinal, quem ainda ouve um álbum de cabo a rabo nos dias de hoje? Rodrigo Ogi está aí para provar que — com habilidade — é, sim, possível prender a atenção do público da primeira à última faixa. Em RÁ!, seu segundo disco-solo, que já é considerado um dos melhores do rap deste ano, o paulista constrói uma narrativa bastante envolvente que tem início em uma sessão de terapia. O analista pergunta: “O que acontece com você?”. A partir daí, Ogi faz reflexões e percorre vários locais da cidade de São Paulo (uma das suas maiores inspirações). Em Estação da Luz, fala de uma mulher grávida viciada em crack para abordar o choque das desigualdades sociais. Outro ponto alto do disco é a divertida faixa HaHaHa, que acabou de ganhar um videoclipe estrelado por Emicida, Criolo e Rael, entre outros nomes do gênero. No sábado, acompanham o rapper-cronista Thiago França (responsável pela direção musical), Kiko Dinucci (guitarra), Fábio Sá (baixo) e Flávio Lazzarin (bateria). O DJ Nato PK e o MC RedNiggaz fazem participação especial. Dia 5/11/2015.
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Jiang, ex-MasterChef, lança livro de receitas

Atualizado em: 3.Dez.2015

No sábado (5), a chinesinha que encantou o país autografa o livro na Fnac Paulista, a partir das 17 horas
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Bares variados

Bar Brahma Centro

Avenida São João, 677, centro

Tel: (11) 3224 1250

VEJASP

7 avaliações

É uma atração turística da cidade. Seus múltiplos salões mantêm a essência de uma São Paulo do passado, com paredes bege, espelhos e móveis de madeira escura iluminados pelo brilho dos lustres de cristal. No salão principal, um pequeno palco também reverencia outros tempos e recebe com regularidade atrações das antigas, entre elas Cauby Peixoto, Originais do Samba e Demônios da Garoa. Na hora de sorver um chopinho de qualidade (Brahma, claro; R$ 8,20), muitos preferem a varanda coberta por toldo retrátil, que tem como paisagem a icônica esquina das avenidas Ipiranga e São João.

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Nair Benedicto - Por Debaixo do Pano

VEJASP

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Em fevereiro de 1989, 3 000 pessoas se reuniram em Altamira, no Pará, para discutir a construção de cinco usinas na região do Xingú (entre elas, era pauta a até hoje polêmica hidrelétrica de Belo Monte). Estavam lá 650 índios e a fotógrafa paulistana Nair Benedicto. Militante — ela foi torturada em 1969 depois de produzir uma série de fotos sobre a ditadura militar —, fez uma série de registros sobre o encontro. Até o ano passado, eles estavam todos intactos. Com as chuvas do último verão, porém, sua casa na Vila Mariana foi inundada e, junto com ela, danificaram-se os filmes. O esforço para o resgate do material deixou marcas igualmente imprevisíveis e deslumbrantes nas fotos. Após reveladas, elas mostraram borrões de cores rosadas e a junção de várias imagens em uma só. Dependuradas em uma das salas da Casa da Imagem, formam uma das várias séries produzidas por Nair em diversos períodos de sua vida. Os textos de parede escritos em primeira pessoa revelam traços e crenças da artista. Na sala onde estão expostas fotografias de São Paulo, por exemplo, um breve parágrafo faz homenagem à cidade: “Sempre me emociono quando volto de algum lugar e chego a São Paulo. [...] Me entristece ver os casarões desaparecerem para dar lugar aos prédios — muitas vezes tão anônimos”. A frase também deixa claro o porquê da escolha por esse museu para sediar a mostra Por Debaixo do Pano: suas portas e paredes ornamentadas mostram a típica decoração do período imperial, em um exemplo de conservação. Fundada nos anos 1880, a também chamada Casa Número 1, assim conhecida pela numeração que recebeu na época de sua construção, abriga também registros com temáticas de desigualdade social e tradições regionais. Até 7/2/2016.
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Estilos variados

Passo Torto e Ná Ozzetti

Sem avaliação

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Em agosto de 2014, Passo Torto e Ná Ozzetti dividiram o palco pela primeira vez em um projeto de ensaios abertos do Sesc. A admiração mútua, contudo, vem de antes. Formada por Romulo Fróes, Kiko Dinucci, Rodrigo Campos e Marcelo Cabral, a banda tem entre as suas referências a Vanguarda Paulista — movimento do qual a cantora fez parte com o grupo Rumo nos anos 80. A intérprete, por sua vez, frequentava os shows da carreira-solo e de projetos paralelos de cada um dos integrantes do Passo Torto. O encontro em cena fluiu tão bem que resultou no disco Thiago França, lançado em julho. A banda investe em uma sonoridade de instrumentação crua, cheia de ruídos e tramas, para que Ná apresente com a voz doce e límpida alguns personagens, como o gato de rua inglês chamado Cipó. No domingo, eles levam a sua estranheza para o Centro Cultural São Paulo, onde tocam O Cinema É Melhor e O Cadáver, entre outras. Dia 6/12/2015.
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Bar-restaurante

Lambe-Lambe

Rua Aracaju, 239, Higienópolis

Tel: (11) 3473 9782

VEJASP

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Todo bacanudo, o bairro de Higienópolis vem ganhando bons lugares para ir sem esvaziar a carteira. A “culpa”? É do chef Diogo Silveira, que primeiro montou o italiano MoDi — premiado em VEJA COMER & BEBER pela carta de vinhos — e em setembro inaugurou este bar-restaurante, também de boa relação qualidade-preço. De pegada brasileira, o menu agrega sugestões como a sardinha escabeche reinterpretada (R$ 7,00), frita e coberta por cebola-roxa e molho de tomate, e a galinha caipira com angu de milho, abóbora e quiabo tostado (R$ 33,00). Além dos 100 rótulos de cerveja, os coquetéis no estilo tradicional revisitado merecem ser provados. Feito de cachaça e compota da fruta, o caju amigo (R$ 18,00) ganha pedaços da castanha no topo. o refrescante bombeirinho (R$ 15,00), que leva a branquinha, xarope de romã, limão e beterraba desidratada, parece uma versão alto nível da mistura de pinga com groselha.

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Comédia romântica

A Reação

VEJASP

1 avaliação

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Como espelho da sociedade, o teatro é um tradicional veículo para refletir temas contemporâneos. Assunto polêmico, o uso rotineiro de medicamentos como suposto alívio para as dores da vida chamou a atenção da dramaturga inglesa Lucy Prebble. A comédia romântica, lançada em Londres em 2012, ganha montagem dirigida por Clara Carvalho e, disfarçada de amenidade, se faz valer por tocar em questões profundas. Na trama, dois jovens (interpretados por André Bankoff e Isabella Lemos) participam de uma pesquisa com antidepressivos conduzida por uma dupla de psiquiatras (vividos por Clara e Rubens Caribé). Os médicos têm uma relação antiga e não muito bem resolvida, o que os leva a uma perigosa projeção no casal testado. Isolados no hospital, os voluntários, muito bonitos e atraentes, não tardam a se envolverem sexualmente e uma interessante discussão vem à tona: até que ponto a droga seria o combustível para essa paixão. Bankoff e Isabella conquistam a cumplicidade da plateia, que torce pelo romance proibido a que os dois se submetem. A densidade crescente apresentada por Caribé e Clara ressalta as divergências pessoais e éticas dos personagens e funciona como eficiente contraponto ao clima água com açúcar que, algumas vezes, ronda a história. Estreou em 16/10/2015. Até 20/12/2015.
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fonte:http://vejasp.abril.com.br/materia/os-melhores-programas-do-fim-de-semana-5-12