Para entender o significado do rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor´s, basta responder a seguinte pergunta: você emprestaria o seu dinheiro para um mau pagador? A não ser que se trate de um perdulário irremediável, provavelmente dirá não. Ao colocar as finanças brasileiras na segunda divisão – a nota caiu de “BBB-” para “BB+” –, a S&P fez mais do que tirar o grau de investimento conquistado a duras penas em abril de 2008. Numa tacada só, a agência americana desmoralizou a política econômica da presidente Dilma Rousseff, colocou pressão adicional em um governo aturdido e escancarou para o mundo inteiro o buraco em que o País se meteu. A expressão mais adequada para definir as nações que se enquadram no nível “BB+” é “potencial caloteiro.” Daí se compreende o tamanho da encrenca que os brasileiros terão pela frente. Designado pelo Palácio do Planalto para falar oficialmente sobre o assunto, o ministro Nelson Barbosa