O impasse nas negociações da segunda parcela da PR se deve a uma proposta apresentada pelo Sindicato que não condiz com a atual conjuntura econômica do país, do mercado automotivo como um todo e com os resultados efetivamente atingidos pela GM.
É fundamental atentar para o quadro dramático que vive hoje a indústria no país. O mercado automotivo brasileiro registrou uma queda nas vendas em torno de 30% apenas em 2015. A expectativa para este ano é de um mercado em torno de 2 a 2,2 milhões de unidades, uma queda de quase 50% comparado ao recorde de 3,8 milhões de veículos vendidos em 2012. A indústria opera hoje no país com capacidade ociosa superior a 50% e os custos não param de crescer, impactados pela inflação e pela forte desvalorização do Real. Até mesmo o Onix, carro mais vendido do pais no ano de 2015, sofreu uma queda de 16.5% se comparado ao ano anterior.
Apesar dos impactos financeiros resultantes deste quadro, a GM priorizou os trabalhadores e conseguiu oferecer um valor de PR bastante elevado diante das circunstâncias. Os empregados já receberam no ano passado um adiantamento de R$ 8.500 e a empresa está disposta a pagar mais R$ 5 mil, totalizando R$ 13.500.
Mas a intransigência do sindicato, que parece ter uma pauta meramente política e não de real defesa dos interesses dos trabalhadores, impede um acordo, mesmo sendo ele desejado pela maioria dos empregados. A greve iniciada na última segunda-feira piora ainda mais o quadro econômico-financeiro da empresa e gera ainda mais prejuízos para a companhia. A oferta de PR da GM está no limite do possível e a empresa ingressou com pedido de dissídio coletivo, que será julgado na próxima segunda-feira no TRT de Campinas. A GM espera que o impasse seja resolvido e que os empregados retornem imediatamente aos seus postos de trabalho, evitando um prejuízo ainda maior do que aquele já causado pela queda acentuada no volume de vendas.
fonte: General Motors
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