Você já parou para pensar na pergunta acima? Existe todo um grupo de pessoas que se dedica somente à ela. Trata-se dos pesquisadores da filematologia, ciência dedicada ao estudo do beijo.
A verdade é que existe muito mais em um beijo do que o desejo ou a paixão. Quando duas pessoas se beijam, elas trocam entre si nove mililitros de água; 0,7 miligrama de proteínas; 0,18 miligramas de compostos orgânicos; 0,71 miligramas de gorduras, 0,45 miligramas de cloreto de sódio; isso sem contar as bactérias, que podem chegar a até um bilhão. Em um estudo publicado em 2015 no periódico American Anthropologist, 54% das 168 culturas analisadas não possuiam evidências de beijos românticos. "Acreditamos que o etnocentrismo ocidental, a crença que um de nossos comportamentos prazerosos seria humano, pode ter criado essa ideia de que o beijo é universal", escreveram os cientistas. Nesse caso,o beijo romântico seria um hábito desenvolvido culturalmente.
Mas, como lembra o Smithsonian, o motivo pelo qual os humanos beijam - desconsiderando o elemento romântico da equação - ainda é um mistério para os cientistas. Rafael Wlodarski, que dedicou boa parte de sua carreira à filematologia,acredita que as pessoas trocam beijos por uma combinação de atração psicológica e biológica. "Você não pode ter psicologia sem um cérebro biológico", explica.
Um estudo conduzido por Wlodarski na Universidade de Oxford, na Inglaterra, mostra que as pessoas que beijam com maior frequência são mais felizes e satisfeitas com seus relacionamento. No momento ele tem como objetivo descobrir o motivo de os beijos fazerem com que casais se sintam mais próximos.
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