A Volkswagen iniciou nesta terça-feira (30/08), conforme previsto, a retirada dos ferramentais próprios que estavam em comodato na Keiper, empresa fornecedora de bancos localizada em Mauá. A ação contou com o apoio da Polícia Militar e dura desde o início desta manhã.
Os representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá acompanham a movimentação e convocaram os trabalhadores para uma mobilização em frente à fábrica para garantir o pagamento das verbas rescisórias.
“A Keiper sinalizou a possibilidade da Volks comprar o estoque de bancos e utilizar esse dinheiro para acertar os pagamentos aos trabalhadores, mas o responsável pela emissão das notas de faturamento sumiu e precisamos garantir esse direito”, apontou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Adilson Torres dos Santos, o Sapão.
Ainda não foi definido quando os funcionários devem realizar o ato, mas um áudio está circulando pelo WhatsApp para convocar os trabalhadores afastados em frente à fábrica e paralisar a produção dos funcionários que permanecem em operação para atender pedidos de outras montadoras.
HISTÓRICO
O imbróglio entre as duas empresas ocorre há mais de um ano, com problemas na negociação de preços e fornecimento dos itens, mas foi intensificada no início deste mês de agosto, quando a Volkswagen anunciou oficialmente o encerramento dos contratos junto ao Grupo Prevent – que multinacional alemã proprietária de dezenas de empresas, entre elas a Keiper, Fameq, Cavelagni e Mardel – o que provocou preocupação entre os 350 metalúrgicos da terceirizada, que devem ser desligados da empresa.
Por meio de nota, a Volkswagen informou que “rescindir os contratos e recorrer à justiça para reaver os ferramentais de sua propriedade foi a última alternativa, após o descumprimento de 11 acordos comerciais estabelecidos com o Grupo Prevent desde março de 2015, quando tiveram início as interrupções de fornecimento que geraram a perda de produção de 130 mil veículos e 140 dias de paralisação nas fábricas da empresa”.
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