A rotina dos condenados é dura, mas correta: vivem com dignidade, e não amontoados em masmorras medievais
VEJA desta semana mostra detalhes da rotina dos “clientes especiais” do Complexo Médico-Penal do Paraná, na região metropolitana de Curitiba. Inventado por um carcereiro, o apelido diz respeito aos onze presos da Operação Lava Jato detidos ali. A vida em Pinhais, como em qualquer cadeia, é dura, mas o complexo é limpo e sóbrio. O ex-todo-poderoso-ministro José Dirceu, o ex-presidente da Câmara André Vargas e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto são considerados os mais adaptados ao cárcere. Debilitado por um câncer, o amigo íntimo do ex-presidente Lula José Carlos Bumlai recebe cuidados especiais, enquanto o ex-assessor de Antonio Palocci, Branislav Kontic, passa por tratamento psiquiátrico depois de tentar suicídio na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.
Corredor do Pavilhão 6, onde os presos da Lava-Jato convivem com condenados que precisam isolar-se dos presos comuns, como ex-policiais (Jefferson Coppola/)
Vídeo divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp) mostra a cela em que dez dos presos na Operação Lava Jato passarão a ocupar nos próximos meses. Eles foram transferidos entre segunda e terça-feira (24) da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais.
A transferência foi autorizada pelo juiz federal Sérgio Moro e atendeu pedido da PF, que alegou não ter condições de manter todos os presos nas várias fases da operação na carceragem da capital paranaense. A polícia argumentou que não poderia garantir que os acusados seriam mantidos sem contato entre si, uma das medidas estabelecidas pela Justiça ao determinar as prisões.
O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Ceveró permanece preso na PF porque está fazendo tratamento psicológico. Mais seis presos permanecem no prédio da polícia. Dois detentos serão levados para a unidade penitenciária após prestar depoimento.
De acordo com a Sesp, o Complexo Médico-Penal é uma unidade destinada a presos provisórios ou condenados que precisam de atendimento psiquiátrico ou tratamento em ambulatório.
Entre os presos levados para a penitenciária estão o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano; Adir Assad e Mário Goes, acusados de ser operadores do esquema de desvios na Petrobras.
A decisão do juiz Sérgio Moro atinge também executivos de empreiteiras Agenor Franklin Magalhães Medeiros, José Aldemário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira Breghirolli e Mateus Coutinho de Sá Oliveira (OAS); Erton Medeiros Fonseca (Galvão Engenharia); Gerson de Mello Almada (Engevix); João Ricardo Auler (Camargo Corrêa) e Sérgio Cunha Mendes (Mendes Júnior).
fonte:http://veja.abril.com.br/brasil/a-vida-dos-presos-da-lava-jato-no-complexo-penal-de-curitiba/
http://www.bandab.com.br/jornalismo/video-mostra-como-e-cela-em-que-presos-da-lava-jato-passarao-proximos-meses/
https://www.youtube.com/watch?v=YVkaeddfocM
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