CUT orienta mobilização nacional para o dia 31; sindicalistas defendem união de forças
Sindicatos de trabalhadores do ABCD organizam para a próxima semana protestos contra a aprovação pela Câmara dos Deputados do projeto de terceirização. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) convoca centrais sindicais e a sociedade de modo geral para uma ampla mobilização nacional marcada para 31 de março.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, afirmou em vídeo publicado em rede social que a categoria vai dar resposta à altura.
“Não podemos concordar que um projeto de 1998, desengavetado 19 anos depois, vire referência para o mercado de trabalho de hoje e crie condições para tirar direitos. A nossa resposta vai ser à altura do desplante que tiveram contra nós. [...] A jornada de luta está longe de terminar porque este Brasil não será redesenhado por essa gente que quer tirar direitos dos trabalhadores e da sociedade brasileira”, disse.
Para o presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Raimundo Suzart, é necessário unir forçar para realizar um grande protesto. “É um ataque o que estamos sofrendo e os efeitos desse projeto será daqui a poucos meses, onde as empresas poderão fazer transformações que fogem da nossa imaginação, por isso precisamos continuar resistindo”, apontou o sindicalista.
Corruptos
Em nota divulgada nesta quinta-feira (23/03), a CUT considera como golpe e uma manobra espúria o resultado da votação na Câmara dos Deputados. “É, na prática, uma mini-reforma trabalhista regressiva que permite a terceirização de todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras, atacando todos os seus direitos como férias, 13º Salário, jornada de trabalho, garantias de convenções e acordos coletivos”, apontou.
A diretoria executiva da CUT aponta que a Câmara “se apoiou numa maioria de deputados golpistas e corruptos, atendendo à pressão de empresários que querem flexibilizar direitos e precarizar as relações de trabalho para aumentar os seus lucros”, informou em nota.
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