Sandra perdeu o que tinha em Bento Rodrigues. A tranquilidade, inclusive. O carro foi o único bem que escapou sem danos. Da casa herdada do pai, ficaram as certidões. Hoje, ela mora de aluguel, que a mineradora paga para as famílias desabrigadas. A vida foi interrompida, mas essa mulher determinada nunca desistiu. “Graças a Deus, o trabalho está me ajudando demais”, diz a cozinheira.
A onda de rejeito de minério ultrapassou, e muito, o nível dos rios. Em Bento Rodrigues, ela chegou a 15 metros de altura. Em Rio Doce, mais de 80 quilômetros depois, ainda era forte e com volume imenso. A lama atingiu uma altura ainda marcada nas pilastras da ponte. Foram 34 milhões de metros cúbicos de lama, descendo as montanhas de Minas como avalanche.
Boa parte da área atingida pelo rompimento barragem de Fundão é de difícil acesso, em regiões rurais. Mas de helicóptero é possível refazer o caminho da lama. A equipe do Globo Repórter faz um sobrevoo pelos cem quilômetros onde, ainda hoje, há a maior concentração de rejeitos de minério.
Bento Rodrigues é o vilarejo mais atingido pelo rompimento da barragem de Fundão. O que ainda resta ali são os destroços das casas que tiveram que ser abandonadas pelos seus moradores.
Nos vilarejos devastados pelo rejeito de minério, só as casas que ficam nos pontos mais altos não foram destruídas. São poucas, mas as famílias também se consideram atingidas. Ficaram sem a vizinhança, sem escola, sem posto de saúde. Como continuar vivendo nesse lugar? No total, 15 pessoas insistem em viver no distrito fantasma.
Ninguém pode morar em Bento Rodrigues. Também do alto, não se vê mais a lama.
É que a Samarco e a Fundação Renova plantaram gramíneas e leguminosas sobre ela.
Alegaram que era para estabilizar o solo e conter a erosão. O reflorestamento mesmo nem começou.
“Evidentemente que esta é uma medida emergencial e não se esperava que após dois anos, áreas prioritárias para esta revegetação ainda estivessem sendo trabalhadas, plantadas”, diz o engenheiro florestal Rômulo Pereira da Silva.
Nos vilarejos devastados pelo rejeito de minério, só as casas que ficam nos pontos mais altos não foram destruídas. São poucas, mas as famílias também se consideram atingidas. Ficaram sem a vizinhança, sem escola, sem posto de saúde. Como continuar vivendo nesse lugar? No total, 15 pessoas insistem em viver no distrito fantasma.
Ninguém pode morar em Bento Rodrigues. Também do alto, não se vê mais a lama.
É que a Samarco e a Fundação Renova plantaram gramíneas e leguminosas sobre ela.
Alegaram que era para estabilizar o solo e conter a erosão. O reflorestamento mesmo nem começou.
“Evidentemente que esta é uma medida emergencial e não se esperava que após dois anos, áreas prioritárias para esta revegetação ainda estivessem sendo trabalhadas, plantadas”, diz o engenheiro florestal Rômulo Pereira da Silva.
“Não diria que são emergenciais, não. Eu acho que são medidas que estão sendo construídas numa área que tem muito desconhecimento ainda. Isso é novo para a engenharia, novo para a ciência. O plantio de árvores depende de uma reconstituição do solo, que é a fase que está sendo feita agora. O plantio de árvores é o mais sensível. Não deve haver uma expectativa de revegetação com florestas neste momento”, explica o presidente da Fundação Renova, Roberto Waack.
O curso dos rios está cheio de lama de rejeito. E se vê claramente a composição dela: minério de ferro.
fonte: G1
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