Prevista para iniciar em outubro, a produção do Tiggo 2 da chinesa Chery no Brasil foi adiada após uma greve que paralisou a fábrica da montadora em Jacareí (SP) por cerca de um mês. Sem previsão de lançamento, a empresa avalia uma nova data para o início da fabricação do aspirante de SUV.
"A greve atrapalhou o lançamento do Tiggo 2 para este ano. A Chery está agora avaliando qual a melhor data de lançamento considerando que estamos próximos das festas de final de ano e início das férias", informou a empresa.
A fábrica da chinesa em Jacareí retomou a produção de veículos na última segunda-feira (30) após um mês greve por reivindicação por aumento salarial. Os metalúrgicos voltaram ao trabalho após acordo por reajuste de 1,73%, além da manutenção do acordo coletivo e pagamento dos dias de paralisação - a Chery havia cortado os salários dos funcionários que aderiram à greve.
O Sindicato dos Metalúrgicos afirmou que a linha para produção do Tiggo 2 está pronta para o início da fabricação do aspirante de SUV, mas a empresa ainda não sinalizou quando isso deve acontecer.
"Tivemos três dias de produção após a greve e acho que a ideia da montadora foi tocar a todo vapor a produção do QQ, até para repor estoque e atender demanda, mas a empresa não nos informou nada sobre a produção do Tiggo 2", afirmou o líder sindical, Guirá Borba.
O modelo foi anunciado pela multinacional em novembro do ano passado, no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo. A expectativa inicial era que o modelo estivesse no mercado nacional no primeiro semestre e agora a medida foi novamente adiada. O aspirante de SUV terá motor 1.5 flex e câmbio de cinco marchas.
Atualmente a Chery conta com cerca de 400 funcionários que trabalham nas linhas dos modelos New QQFlex e o Celer. A produção diária é de cerca de 30 carros.
Operação à venda
A Chery colocou à venda 50% de sua operação no Brasil, que gerou prejuízo no ano passado. O anúncio foi feito pela matriz à bolsa de valores de Changjiang, na China.
A fábrica em Jacareí é a primeira da marca fora da China a ter todas as etapas de produção e é a única chinesa a fazer carros no Brasil.
A venda de parte das operações no Brasil será feita por meio de uma oferta de ações e o prazo para manifestação de interesse se encerra no próximo dia 7, segundo o comunicado enviado pela Chery à bolsa de Changjiang.
A Chery do Brasil pertence a 3 empresas do governo chinês. Duas delas ofertaram todas as suas ações; elas respondem por 34,19% e 15,74% da filial, respectivamente.
Uma terceira empresa, que detém 50,7% das ações, venderá 0,7%. Assim, serão colocadas no mercado 50% das ações.
fonte: G1 Vanguarda
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