Um ano depois da queda do avião da Chapecoense o Profissão repórter mostra como o clube de futebol e os parentes das vítimas tentam se recuperar da tragédia.
Chapecó - SC
A repórter Danielle Zampollo acompanhou o casamento do ex-jogador Jackson Follmann. "A gente ia casar no dia 16 de dezembro", conta.
A repórter Danielle Zampollo acompanhou o casamento do ex-jogador Jackson Follmann. "A gente ia casar no dia 16 de dezembro", conta.
O jogador é um dos seis sobreviventes do acidente com o voo da Chapecoense, que aconteceu dia 29 de novembro de 2016 e deixou 71 mortos. Alan Ruschel e o zagueiro Hélio Zampier Neto, que também sobreviveram ao acidente, participaram do casamento do amigo.
O repórter Erik Von Poser esteve na Arena Condá, estádio da Chapecoense. Jorilde Batista trabalha na área administrativa do clube há 12 anos. “É difícil pela saudade, por você lembrar das pessoas que eram seus colegas de trabalho, que estavam no dia a dia contigo. Mas a gente vai conseguir, até em memória das pessoas que se foram. Que o clube continue crescendo cada vez mais”, declara.
Vinte e um jornalistas estavam no voo da Chapecoense. O locutor de rádio Rafael Henzel foi o único que sobreviveu. “Sete costelas quebradas, os dois pulmões perfurados, pneumonia, lesões nos pés... Tudo isso ficou no passado. Eu conto pra vocês o seguinte: em nenhum momento da minha vida eu pensei em desistir. Hoje eu estou 110%, com alegria de viver”, afirma.
Sirliane de Freitas é viúva de Cleberson Silva. A jornalista era casada há 14 anos com o assessor de imprensa da Chapecoense. Ela assumiu a função que era do marido logo após o acidente. “Eu sempre penso como se ele estivesse aqui. Como eu queria que ele estivesse vendo tudo o que eu estou fazendo hoje! Hoje eu tenho altos e baixos... tem dias que eu desabo”, conta.
Sirliane também é diretora da Abravic, uma associação que ajuda as famílias das vítimas. “É ajuda financeira para o dia a dia. A gente está buscando auxílio escola, auxílio de saúde...”, diz.
Investigação
Em Santa Cruz de la Sierra, continua a investigação para descobrir quem foram os culpados pela tragédia.
Em Santa Cruz de la Sierra, continua a investigação para descobrir quem foram os culpados pela tragédia.
O jornal “El Deber” acompanhou de perto a cobertura do acidente. Ele é um dos maiores do país. O repórter Guilherme conversou com os dois jornalistas que mais trabalharam neste caso. Cristian Peña e Guider Arancibia são jornalistas investigativos com mais de 20 anos de profissão “Há uns quatro, cinco meses o caso entrou em um silencio estranho porque não soubemos mais de investigações ou movimentações jurídicas do caso
Até o momento, as investigações apontaram cinco responsáveis pela queda do avião. Todos são bolivianos: Celia Castedo, era funcionária da Asana, empresa que administra os aeroportos na Bolívia; Joons Teodovich, na época supervisor do tráfego aéreo da Asana; Gustavo Vargas Gamboa, ex-militar da Força Aérea boliviana e diretor-geral da LaMia; Gustavo Vargas Villegas, filho de Gamboa e alto funcionário da direção-geral de aviação civil da Bolívia e Marco Rocha, um dos donos da LaMia.
“Investigações como essas, em que há interesses das autoridades de todos os níveis, do poder Judiciário, da polícia e do Ministério Público é muito difícil chegar ás informações”, comenta.
fonte: Globo/Profissão repórter
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