#Agrishow2018euaqui - Plataforma gigante e minitrator dividem atenção de grandes e pequenos agricultores
Plataforma para colher cereais tem 50 pés de corte, o equivalente a 15,4 metros da largura Agrishow (Foto: Érico Andrade/G1)
Por um lado, a máquina com a maior plataforma de colheita da América Latina. Por outro, o menor trator em operação no Brasil. O contraste entre os grandes equipamentos e as minitecnologias é uma das marcas da Agrishow, que termina nesta sexta-feira (4) em Ribeirão Preto (SP) com expectativa de superar o movimento de R$ 2,2 bilhões em negócios do ano passado.
Pensando em todo tipo de público que vai à feira, desde os grandes agricultores até os familiares, as 800 empresas participantes oferecem, nos 440 mil metros quadrados de área da feira, uma gama diversificada em equipamentos. Um leque de produtos macro e micro.
Entre os gigantes, está a plataforma para colher cereais da GTS do Brasil, a Top Flex. Com 50 pés de corte, o equivalente a 15,4 metros da largura, a tecnologia foi lançada na Agrishow de 2017, mas passou a ser comercializada neste ano. Uma unidade dela já opera em Unaí (MG). A diferença em tamanho para os concorrentes é de 1,5 metro, já que as opções do mercado atingem, no máximo, 13,9 metros.
Plataforma maior permite trabalho em velocidades mais baixas, o que aumenta a adesão ao solo Agrishow 2018 (Foto: Érico Andrade/G1)
O gerente comercial da empresa, César Keller, explica que plataformas maiores permitem que a colhedora trabalhe em velocidades mais baixas, o que aumenta a adesão ao solo e reduz perdas. “Do total do desperdício de cereais durante o processo de colheita, 75% acontecem por causa de problemas com a plataforma”. Ele promete que o implemento da GTS é capaz de diminuir esse impacto em 15% a 20%.
A plataforma é composta por três molinetes, um acoplado ao outro, enquanto as concorrentes trazem dois. Isso ajuda a fazer dela a maior em uso na América Latina e uma das maiores do mundo. “Apenas os australianos fazem maior, com cerca de 60 pés”, afirma Keller.
Segundo o gerente, construir uma estrutura tão larga só foi possível porque o material na qual ela foi moldada é o alumínio. “Durante muito tempo se acreditou que esse metal era frágil. Na verdade, é um dos mais resistentes”.
Mercado de estufas
Resistência também é uma das propostas da LS Tractor ao lançar, na Agrishow, o menor trator do Brasil. O MT 25, com potência do motor de 25 cavalos, é ainda menor em relação a um modelo apresentado ao mercado em 2013, quando a empresa chegou ao Brasil, e exposto nas edições anteriores da feira, de 40 cavalos.
Com o miniveículo, a empresa está de olho nos produtores de hortaliças em estufas. De acordo com o gerente de marketing de produto, Astor Kilpp, existe uma grande demanda neste segmento. “Muitos agricultores ainda trabalham com cultivadores antigos e querem soluções ágeis e com redução de custos”.
Empresa apresenta o menor trator do Brasil na Agrishow 2018 (Foto: Érico Andrade/G1)
Com facilidade para entrar e fazer conversões em pequenas áreas, é comercializado a R$ 48 mil, enquanto os tratores convencionais maiores custam, geralmente, a partir de R$ 100 mil. Mas o MT também pode ser utilizado em pomares, parreirais, hortas e jardins. Como o motor é de baixa potência, o produtor economiza no diesel. O consumo é de menos de dois litros por hora trabalhada.
A multinacional, de origem sul-coreana, está comemorando cinco anos no Brasil. Cresceu rapidamente, na visão de Kilpp, graças à aposta, entre outros fatores, em tratores com menos de 100 cavalos, voltados para pequenas áreas.
Segundo ele, nos dois primeiros anos, o MT 25 vendido no Brasil será importado da Coreia do Sul. Mas a empresa já se movimenta para que, após esse período, o trator seja nacionalizado.
Menor trator do Brasil tem motor com potência de 25 cavalos e está exposto na Agrishow 2018 (Foto: Érico Andrade/G1)
fonte: G1/Ribeirão Preto
Comentários