Escola Estadual Dirce Elias manda bilhete para excursão escolar a assentamento do MST gera polêmica em São José
Um bilhete que pedia autorização aos pais de alunos para uma excursão a um acampamento do Movimento Sem Terra (MST) gerou polêmica. A visita, que acabou cancelada, era organizada por uma escola pública da zona norte de São José dos Campos (SP). O caso ganhou repercussão nas redes sociais e dividiu opiniões.
O bilhete da Escola Estadual Professora Dirce Elias, que fica no Bairro dos Freitas, pedia a permissão dos pais para que os filhos fizessem uma visita técnica a um assentamento do MST no próximo dia 29. A escola ainda pedia R$ 10 de cada aluno e 'lanche reforçado'.
A atividade faz parte da disciplina de geografia e enfoca a formação econômica do Brasil. Os assentamentos do MST são conhecidos pela produção rural de hortaliças, frutas, legumes e geram polêmica por produzirem em terrenos ocupados ilegalmente.
Nas redes sociais o tema dividiu opiniões. “Lamentável”, disse um internauta. "É para os alunos aprender (sic) a como invadir terras e adquirir o Bolsa Família?", criticou outro. Houve também quem defendesse. “Para os mimimi de plantão a aprendizagem na prática é de extrema importância e os 10,00 deve ser para pagar o ônibus que levará esses alunos”, diz outro.
Entre os pais, no entanto, a excursão não ganhou o mesmo tom de polêmica. Uma mãe que conversou com a reportagem, e preferiu não se identificar, disse que só soube do caso após o cancelamento. “Só soubemos hoje porque a direção foi à sala explicar sobre o bilhete, mas não posso te dizer que sou contra ou a favor. Não ouvi que outras mães e pais tenham reclamado”.
O que diz o Estado
Após a polêmica, a excursão foi cancelada na manhã desta quinta (11). Procurada pelo G1, a Secretaria de Educação do Estado informou em nota que a Diretoria Regional de Ensino apurou que o bilhete foi enviado por uma professora durante a ausência da diretora da escola, que estava de licença por oito dias.
Segundo o Estado, ela retornou de licença nesta terça (9), tomou conhecimento do bilhete e cancelou a visita técnica. O cancelamento foi feito porque, segundo a pasta, a atividade não passou pela aprovação da gestão e também não segue o regimento da escola, que veda cobrança de alunos para realização de atividades pedagógicas. A professora foi orientada sobre os procedimentos corretos.
fonte: G1/Vale
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