MENOS ASSINANTES EM 2018
Os 10 mais importantes jornais brasileiros tiveram 1 saldo conjunto negativo na circulação em 2018. Houve redução de 35.947 exemplares (edições impressas e digitais). O quadro a seguir mostra uma “maré vermelha” de percentuais negativos para quase todos os veículos:
GLOBO LIDERA NO PAÍS
O jornal fluminense da família Marinho assumiu a liderança isolada. Teve 315.044 exemplares digitais e impressos por dia, em média, em dezembro de 2018. É seguido pela Folha de S.Paulo, que terminou o ano passado com uma média de 310.677 cópias diárias.
O Globo também terminou 2018 no azul quando se comparam as tiragens totais. O jornal aumentou sua circulação impressa e digital em 19.636 cópias, muito por causa do avanço de suas assinaturas digitais –que tiveram uma alta de 28.384 no ano.
A diferença entre Globo e Folha nas assinaturas de digitais se estreitou. No início de 2018, o jornal paulista tinha uma dianteira de 26.150 exemplares. Agora, essa cifra caiu para 12.435, como mostra a tabela acima neste post.
IMPRESSO: FOLHA É 4ª COLOCADA
O jornal da família Frias reinou absoluto por muitos anos com a maior tiragem impressa do Brasil. Já não é assim há algum tempo.
Em 2018, a Folha terminou o ano com média de 103.501 exemplares impressos por dia. Ficou atrás do jornal popular mineiro Super Notícia (138,5 mil), Globo(120,3 mil) e até do seu rival direto no mercado paulista, o Estadão (107,4 mil).
O principal jornal de notícias econômicas e financeiras do Brasil, o Valor, segue desidratando sua versão impressa. Terminou o ano com 27.481 exemplares, queda de 5,8%. Aumentou a venda de assinaturas digitais, agora em 60.759, uma alta modesta de 1.708 exemplares em 12 meses (2,9%).
REVISTAS DESCEM A LADEIRA
Uma tendência registrada em vários países também se repete no Brasil. Embora o IVC Brasil (Instituto Verificador de Comunicação) ainda não tenha os dados fechados de 2018 sobre revistas, as informações preliminares não são animadoras.
VEJA PERDEU 401.048 EXEMPLARES
De janeiro a novembro de 2018, a revista Veja perdeu 401.048 exemplares (impressos e digitais). Começou o ano com 1.203.372 cópias. Em novembro, segundo o IVC, havia deslizado para 802.324 –sendo 439.596 exemplares impressos e 362.728 digitais. A Veja é uma das publicações da Editora Abril, empresa que foi vendida recentemente por simbólicos R$ 100.000.
ÉPOCA: CIRCULAÇÃO INDECIFRÁVEL
A revista passou há algum tempo a ser entregue como 1 encarte do jornal O Globo. O IVC não informa exatamente como calcula o que são exemplares vendidos individualmente de Época e o que são cópias encartadas no jornal. Só se sabe que a circulação total, em novembro, foi de 498.631 exemplares –sendo 244.050 impressos e 254.581 digitais.
ISTOÉ: SEM INFORMAÇÕES
Há muito tempo a revista da Editora Três não se submete à auditoria do IVC e sua circulação é 1 mistério.
CONHEÇA OS DADOS DESDE 2014
A seguir, os quadros evolutivos das circulações impressas e digitais dos principais veículos jornalísticos diários do Brasil.
Em janeiro de 2018 os jornais brasileiros tiveram uma alta expressiva em suas circulações, mas tratou-se apenas de 1 ajuste contábil.
Em dezembro de 2017, os maiores diários brasileiros tinham, juntos, 580 mil assinantes digitais. Em janeiro de 2018, o número pulou para 749 mil. Tratou-se de 1 estupendo aumento de 29,1%, como noticiou o Poder360 neste post de agosto de 2018.
“Em janeiro de 2018 tivemos alteração dos valores máximos permitidos de desconto. Isso quer dizer que alguns assinantes que não pagavam o suficiente para serem considerados ‘circulação paga’ passaram a ser contabilizados. Isso explica o aumento expressivo de um mês para o outro e a não continuidade do crescimento nos meses seguintes”.
E de quanto pode ser o desconto? Segundo o documento do IVC datado de 1º de janeiro de 2018, no caso de assinaturas digitais, o abatimento passou de até 90% do valor cobrado das edições impressas.
Diferentemente de vários veículos nos Estados Unidos que são empresas abertas e com ações negociadas em Bolsa de Valores, no Brasil as empresas de mídia são fechadas. Por essa razão são poucos conhecidos os resultados financeiros de cada uma –e o impacto que têm as assinaturas digitais, que crescem mas resultam em faturamento não tão robusto como eram as vendas das edições em papel.
fonte: Poder 360
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