Indústria. Setor industrial foi um dos que mais sofreu com o corte de vagas em 2019, apontam dados
Foto: /Divulgação
Setor industrial do Vale do Paraíba ainda não se recuperou após a reforma trabalhista, aprovada em novembro de 2017 justamente para gerar novos postos; na comparação com 2017, em maio de 2019 o Vale perdeu empregos
A indústria é a principal vítima da crise econômica no Vale do Paraíba. O setor não se recuperou após a aprovação da reforma trabalhista, em novembro de 2017, apontada pelo governo como uma das principais medidas para gerar empregos no país.
No período depois da reforma trabalhista, a região perdeu 1.410 empregos no setor industrial, o equivalente a uma grande empresa. O levantamento foi feito por OVALE com dados do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).No mês de novembro de 2017, quando a reforma foi aprovada, o Vale contava com 99.571 empregos industriais, retraindo para 98.161 postos em maio deste ano, um recuo de 1,42%.
Apenas em maio deste ano, a indústria da região cortou 950 postos de trabalho. As demissões ocorreram pelo terceiro mês seguido e ainda representam o pior resultado do Vale desde agosto de 2018, com -1.100 postos.
Das três regionais do Ciesp no Vale, a de São José dos Campos (oito cidades) foi a que mais perdeu empregos industriais em maio na comparação com o mês da reforma trabalhista. Foram cortados 1.510 empregos nesse período. As vagas na indústria caíram de 49.056 para 47.546.
A regional de Jacareí, com três cidades, registrou -250 postos de trabalho industriais em maio de 2019 contra novembro de 2017. A retração foi de -2,65%: 9.418 para 9.168.
Regional de Taubaté é única a gerar mais emprego no período pós-reforma no Vale
Segunda maior empregadora do setor industrial do Vale do Paraíba --perde para São José dos Campos--, a regional de Taubaté do Ciesp, com 28 cidades, foi a única que aumentou a oferta de vagas nas indústrias após a reforma trabalhista. O resultado foi de 350 novas vagas em maio ante novembro de 2017, mas ainda é uma alta tímida de 0,85%.
fonte: O Vale
Comentários