Manifestantes voltaram às ruas do Chile nesta segunda-feira (28), mesmo após o presidente Sebastián Piñera anunciar a troca de oito ministros do governo. Houve confrontos em Santiago e em outras cidades do país.
Na capital, por causa dos tumultos, o metrô fechou as portas mais cedo e vai reabrir às 7h na terça-feira – uma hora mais tarde do que o normal. Alguns manifestantes voltaram a incendiar estações e a fazer barricadas nas ruas da cidade.
Manifestante carrega bandeira chilena em frente a barricada no centro de Santiago, no Chile, nesta segunda-feira (28) — Foto: Edgard Garrido/Reuters
Também em Santiago, um incêndio de grandes proporções atingiu um centro comercial na principal avenida da cidade a 850 metros do Palácio La Moneda, sede do governo. Não se sabe, entretanto, se o fogo tem relação com os protestos que ocorrem na capital chilena.
De acordo com o jornais chilenos, também houve tumulto em Antofagasta, Concepción, Temuco e Valparaíso, com confrontos entre manifestantes e forças de segurança.
Segundo o jornal "La Tercera", um hospital de Valparaíso – cidade portuária que abriga o Legislativo chileno – recebeu cerca de 25 pessoas feridas no protesto, a maioria com ferimentos graves nos olhos.
O principal motivo dos protestos desta segunda-feira – que reuniu menos pessoas do que outros atos no fim de semana – são as mortes de manifestantes. Órgãos de imprensa chilenos estimam que ao menos 20 morreram desde o recrudescimento da crise, há 10 dias. A Organização das Nações Unidas (ONU) vai enviar uma equipe para averiguar as denúncias de violação aos direitos humanos.
Apesar dos tumultos, o governo chileno rejeitou convocar novo estado de emergência. Piñera decretou a medida na madrugada de 19 de outubro, no início da crise, mas ela deixou de valer a partir desta segunda-feira por decisão do presidente após um protesto dias antes reunir mais de 1 milhão de pessoas em Santiago.
fonte: G1
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