Pular para o conteúdo principal

Aprenda a ajustar a bike para pedalar de forma correta

como andar de bike
A altura da bike e até o uso de um calçado específico podem fazer diferença na posição perfeita para pedalar. Saiba mais


A bike não parou de somar adeptos desde que, em 1791, o conde francês Sivrac inventou uma máquina (o celerífero), que historiadores hoje consideram ser o mais antigo antepassado da magrela. Considerada por um grupo crescente de ativistas como alternativa ao caos instalado nos grandes centros urbanos, que sofrem com poluição e com um trânsito praticamente colapsado, a bike virou moda. Assim, nada melhor do que aprender a colocar-se sobre ela corretamente para que seu uso seja 100% saudável.

bicicleta bike
Foto: Nelson Toledo
 Não é tão “matemático” determinar a postura correta sobre a bike. Alguns estudos, por exemplo, descartam a medição antropométrica como método eficaz para um ajuste padrão, já que as fórmulas não garantem uma posição correta sobre a bicicleta. Valem, claro, algumas relações antropométricas, como a que diz que quanto maior o comprimento das pernas, maior a altura do selim. Isso não quer dizer, entretanto, que exista uma receita que sirva a todos os ciclistas. Mais do que prender-se a regras fixas, a regulagem da bicicleta deve ser feita de modo dinâmico e ser resultado de testes que permitem avaliar, afinal, como o ciclista se sente em cima do veículo.
A chamada posição ótima para pedalar não só deve estar ligada a alguns aspectos relacionados com a ergonomia, para que os esforços desnecessários e lesivos sejam reduzidos, mas deve privilegiar a eficiência mecânica, sem esquecer a segurança e a comodidade do ciclista.
Um bom posicionamento sobre a bike requer que se preste especial atenção a parâmetros gerais, como altura do selim, distância entre ele e o guidão, colocação do pé sobre o pedal e alinhamento das pernas ao pedalar.
 O que hoje a ciência sabe é:

A posição do corpo

 homem subida bicicleta
Foto: iStock
Quanto mais inclinado o tórax estiver em relação ao guidão, menor a resistência ao deslocamento e maior o ganho de eficiência, já que o gasto energético cai. Por outro lado, sacrifica-se o conforto, já que a posição exige maior flexão da lombar e maior extensão da cervical. Da pedalada com o tronco totalmente erguido, que se vê, por exemplo, nas bikes urbanas, à posição aerodinâmica de um contrarrelogista, que oferece a menor resistência possível ao deslocamento, a inclinação do tronco pode variar muito, dependendo do tipo de bike sobre a qual se pedala ou do objetivo que se persegue.
O importante é manter as costas o mais reto possível, conservando as curvaturas fisiológicas e mantendo como limite recomendável de flexão do corpo sobre o guidão um ângulo não maior que 90º entre o corpo e os braços. Uma in­clinação maior do tronco aumenta de maneira significativa a atividade dos músculos eretores do tronco, sobrecarregando a lombar, fazendo recair mais peso sobre pulsos e braços, obrigando o pescoço a ficar mais estendido e estressando a cervical. A recomendação para a posição do tórax sobre a bicicleta de MTB é que a perpendicular do eixo do pedal passe pela metade da escápula, como mostrado na imagem.
Pedalar de pé proporciona maior transmissão de força sobre os pedais, graças à melhor disposição biomecânica, mas exige maior atividade muscular. Assim, é menos eficiente energeticamente que pedalar sentado. Portanto, o ideal é que se pedale de pé apenas durante breves intervalos, quando se tenha, por exemplo, que ultrapassar alguma dificuldade do terreno, um trecho com inclinação muito pronunciada ou quando for preciso aumentar rapidamente a velocidade, por exemplo, num sprint.

Veja também: 12 dicas para manter a dieta nas férias

10 perguntas respondidas sobre varizes

Rodrigo Lobo, o ironman treinador


Núme­ro de pedaladas por minuto

Já se demonstrou que pedalar com uma cadência acima de 90 rpm por minuto rende mais que em cadências baixas, abaixo de 70 rpm por minuto, pois resulta em mais economia muscular. Ainda que para chegar lá seja necessário um período de adaptação progressiva, já que exige maior coordenação neuromuscular – em médio e longo prazos os benefícios são inegáveis.

Altura do selim da bike

Levar o selim baixo implica maior atividade muscular e maior desgaste articular dos joelhos. A medição do ângulo do joelho para determinar a altura do selim é um método muito mais adequado do que aplicar qualquer fórmula matemática que considere o comprimento das pernas, mas que não leve em conta outros parâmetros.  O ângulo do joelho, estando o pé sobre o pedal e a biela alinhada com o tubo do selim, deve ser em torno de 150º, angulação média que otimiza o rendimento e ajuda a prevenir  lesões. Chris Carmichael, treinador de vários ciclistas profissionais, recomenda um ângulo em torno de 145º-155º.

Disposição do selim

Ele deve estar totalmente horizontal em relação ao chão, portanto, você pode usar um nível. Desta maneira, os ísquios (osso do quadril que apoia o corpo quando se está sentado) ficarão perfeitamente apoiados, impedindo que o quadril balance para os lados e que você “quique” sobre o selim, mantendo a pelve estável e possibilitando a efetiva transferência da força aos pedais.
No que diz respeito ao posicionamento do selim (se ele deve ser colocado mais para frente ou mais para trás), a recomendação que diz que o joelho não deve ultrapassar a linha vertical que sai do joelho e passa pela ponta do pedivela, quando ele está na horizontal, parece não ter fundamento biomecânico. Em 2008, Keith Bontrager, da Trek, chegou a escrever contra o mito do KOPS (Knee Over Pedal Spindle), afirmando que isso não tinha nenhuma base científica.
Independentemente de sua posição, o joelho deve ter um ângulo de 150º, ainda que deva-se levar em conta que, ao direcionar o selim para frente, a distância aos pedais é reduzida, motivo pelo qual o selim deve subir proporcionalmente. De qualquer forma, um selim mais “adiantado” permite pedalar mais facilmente em cadências maiores, ao mesmo tempo em que se reduz a distância ao guidão, razão pela qual  se poderá optar por pedalar mais “reto” ou “jogar” o corpo sobre um guidão de triatlo, melhorando a aerodinâmica. Por outro lado, um selim mais “jogado” para trás aumenta a distância dos pedais, permitindo gerar mais força sobre eles em cadências mais baixas. Andy Pruitt, autor do livro Guia Médico para Ciclistas, defende o uso de suportes plantares para estabilizar os pés dentro da sapatilha, permitindo o alinhamento do eixo pé-joelho-quadril, reduzindo os movimentos indesejados no plano frontal e, com isso, as dores articulares, musculares e nos tendões dos ciclistas.

Movimento das pernas

Observe o movimento que os seus joelhos fazem. Ele deve ser o mais reto possível. Estudos biomecânicos mostraram que uma pedalada ótima é aquela em que as pernas sobem e descem perfeitamente alinhadas, como um pistão. Todo movimento que saia desse padrão leva a uma perda da força transmitida aos pedais, o que pode levar a lesões. Se as suas pernas ficam abertas para fora ou os seus joelhos tendem a “entrar” durante a pedalada, você estará gerando tensões desenecessárias nas articulações do joelho e do quadril, já que o movimento de pedalada é repetido cerca de 5 mil vezes por hora. Boa parte dos ciclistas têm as pernas arqueadas, o que está associado ao movimento de pronação do pé que, ao pedalar, tende a se equilibrar, levando os joelhos para dentro. Estabilizando a posição do pé sobre o pedal por meio do uso de palmilhas, por exemplo, ou por meio do uso de um calçado específico para ciclismo, consegue-se fazer uma correção biomecânica, alinhar as pernas e pedalar mais e de uma forma saudável.

Pé no pedal

Usar calçado específico, de sola rígida, o ajudará a transmitir melhor as forças. Colocar corretamente os taquinhos e encaixá-los no pedal leva a uma melhora substancial da técnica. Para tanto, é importante que o centro do taquinho esteja alinhado e centralizado com o osso da “bola do pé”. Mas atenção, quem tem joelhos valgos, as chamadas pernas para dentro, ou em X, ou varos (pernas arqueadas), pode ter de fazer alguma correção na sapatilha a fim de equilibrar o pé, assegurando que ele fique bem disposto sobre o pedal.
Texto: Alberto Cebollada

Comentários

ᘉOTÍᑕIᗩS ᗰᗩIS ᐯISTᗩS

ELAS

  Swanepoel, sempre ela! A modelo Candice Swanepoel sempre é motivo de post por aqui. Primeiro, porque é uma das mulheres mais lindas do mundo. Depois, porque faz os melhores ensaios da Victoria’s Secret. Depois de agradar a todos no desfile da nova coleção, ela mostrou toda sua perícia fotográfica posando de lingerie e biquíni. Tags:  biquini ,  Candice Swanepoel ,  ensaio sensual ,  lingerie ,  victoria's secret Sem comentários » 29/11/2011   às 20h02   |  gatas Lady Gaga é muito gostosa, sim, senhor. A prova: novas fotos nuas em revista americana A estrela pop Lady Gaga é conhecida pela extravagância na hora de se vestir e pelos incontáveis sucessos nas paradas do mundo todo. Agora, a cantora ítalo-americana também será lembrada por suas curvas. A revista Vanity Fair fez um ensaio para lá de ousado em que Mother Monster (como Gaga é carinhosamente chamada pelos fãs) mostra suas curvas em ângulos privilegiados. A primeira foto é

Agricultura familiar conectada

  #Agrishow2022euaqui - A revolução tecnológica demorou a chegar, mas finalmente começou a transformar a vida do pequeno agricultor familiar brasileiro. Com o surgimento das foodtechs, aliado ao aumento da confiança na compra on-line de alimentos e na maior busca por comidas saudáveis por parte do consumidor, o produtor de frutas, legumes e verduras (FLV) orgânicos começa a operar em um novo modelo de negócio: deixa de depender dos intermediários — do mercadinho do bairro aos hipermercados ­— e passa a se conectar diretamente ao consumidor final via e-commerce. Os benefícios são muitos, entre eles uma remuneração mais justa, fruto do acesso direto a um mercado que, segundo a Associação de Promoção da Produção Orgânica e Sustentável (Organis), movimentou R$ 5,8 bilhões em 2021, 30% a mais do que o ano anterior, e que não para de crescer. DIRETO DA LAVOURA A LivUp é uma das foodtechs que está tornando essa aproximação possível. Fundada em 2016, a startup iniciou a trajetória comercializa

DORIA NÃO MENTE

Brasil registra um acidente de trabaho a cada 51 segundos

  Um acidente de trabalho é registrado a cada 51 segundos no Brasil, de acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Esse número coloca o Brasil no topo da lista de países mais perigosos para os trabalhadores, ficando atrás apenas de China, Índia e Indonésia. Só em 2022, o país registrou 612,9 mil acidentes, que causaram 2.538 mortes, um aumento de 22% em relação a 2021. De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (SINAIT), Bob Machado, o aumento no número de acidentes laborais é um reflexo da atual situação da inspeção do trabalho no País. “O Brasil conta, hoje, com o menor contingente de auditores-fiscais do trabalho (AFTs) dos últimos 30 anos, operando com uma quantidade de profissionais bem abaixo da ideal. Isso dificulta muito o trabalho de fiscalização nas empresas e abre brechas para que mais acidentes aconteçam”, disse. Dados da OIT e do Ministério Público do Trabalho (MPT) mostram que as principais causas de acidentes

Confira quais são os principais lançamentos do Salão de Pequim 2024

  Com as montadoras chinesas crescendo fortemente no Brasil e no mundo, a edição 2024 do Salão do Automóvel de Pequim irá apresentar novidades que vão impactar não apenas o mercado chinês, como também revelar modelos que devem ganhar os principais mercados globais nos próximos anos Este ano nós do  Motor1.com Brasil  também está lá, mostrando os principais lançamentos que serão realizados na China. Além de novidades que ainda podem chegar ao Brasil, o que vemos aqui também chegará à Europa em breve. Isso sem contar as novidades da  BYD  para o nosso mercado. Audi Q6 e-tron O novo SUV elétrico da Audi se tornará Q6L e-tron. A variante com distância entre eixos longa do já revelado Q6 e-tron fará sua estreia no Salão do Automóvel de Pequim. O novo modelo, projetado especificamente para o mercado doméstico de acordo com os gostos dos motoristas chineses, será produzido na fábrica da Audi FAW NEV em Changchun, juntamente com o Q6 e-tron e o A6 e-tron. Reestilização do BMW i4 BMW i4 restyli

Rancho D´Ajuda

Feliz Natal! Canadauence.com

O estapafúrdio contrato “ultraconfidencial” entre o Butantan e a Sinovac, que não especifica valor entre as partes

  O contrato que o Instituto Butantan, dirigido por Dimas Tadeu Covas, que diz não ter relação de parentesco com Bruno Covas, prefeito de São Paulo, e o gigante laboratório chinês Sinovac, acreditem, não determina quantidade e valor unitário da vacina. A grosso modo, o contrato beneficia apenas um lado no acordo: o chinês. As cláusulas do contrato, anunciadas, em junho, como “históricas” pelo governador de São Paulo, João Dória, revelam outras prioridades que, obviamente, não tem nada a ver com a saúde da população do Brasil, como o tucano chegou a afirmar para o presidente Jair Bolsonaro, quando fazia pressão para o chefe do executivo liberar a vacina no país. A descoberta ocorre na semana em que os testes com a vacina foram suspensos devido ao falecimento de uma voluntária, cujo motivo da morte – sequer – foi informado pelo Butantan à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que é o órgão de proteção à saúde da população por intermédio de controle sanitário da produção e co