P1 de Tremembé recebe presos envolvidos em crimes de grande comoção social, para garantir a segurança e a privacidade dos internos. Na unidade também estão detentas como Anna Carolina Jatobá e Elize Matsunaga.
A mãe da menina que morreu por desnutrição após ser castigada com jejum, em Ubatuba, foi transferida nesta semana para a P1 de Tremembé, mesmo presídio onde cumprem pena Suzane Richthofen, Anna Carolina Jatobá e Elize Matsunaga. Ela e o marido foram apontados pela polícia como responsáveis pela morte da menina de 11 anos por desnutrição. O companheiro também foi preso.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), a mulher de 26 anos foi encaminhada para a Penitenciária feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier na última quinta-feira (31).
Já o companheiro dela, de 47 anos, foi transferido para a Penitenciária II de Tremembé, onde também estão internos envolvidos em crimes de repercussão como Alexandre Nardoni, Cristhian Cravinhos e Mizael Bispo.
Menina que morreu por desnutrição em jejum em Ubatuba era obrigada a dormir no chão, segundo polícia — Foto: Arquivo pessoal
Os dois foram presos pela morte da menina e vão responder pelos crimes de tortura com morte, cárcere privado e abandono intelectual.
O caso
O caso aconteceu no dia 24 de outubro em Ubatuba. A criança foi levada pelo casal para o hospital depois de passar mal e não resistiu. A polícia divulgou imagens das câmeras de segurança do prédio da família que mostram o momento em que o casal desce com a menina desmaiada para ser levada ao hospital.
A criança chegou ao hospital já sem vida e durante a perícia no IML a causa da morte foi atestada como provocada por desnutrição.
À polícia, a mãe contou que o casal mantinha a menina há cinco meses em cárcere e que o padrasto impunha jejuns longos, acompanhados de sessões de oração, como forma de correção por atitudes que ele tomava como erradas.
Polícia apreende diário em que menina que morreu castigada com jejum relata rotina — Foto: Robson Carvalho/ TV Vanguarda
No dia da morte, a criança entrava no segundo dia seguido de jejum. Na casa da família, a polícia apreendeu um diário em que a menina relatava a tortura e contava que pedia comida a mãe, mas era orientada a apenas beber água.
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