O Ministro da Saúde, Nelson Teich, deixou o cargo nesta sexta-feira (15), antes de completar 30 dias à frente da pasta. O motivo de sua demissão é o desentendimento com o Presidente Jair Bolsonaro em relação a cloroquina, o que já vinha sendo motivo de críticas da opinião pública em relação ao ministro, que é empresário da saúde. O secretário executivo, general Eduardo Pazuello, assume interinamente.
“O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração nesta manhã. Uma coletiva de imprensa será marcada nesta tarde”, informou o ministério, em nota.
O presidente Jair Bolsonaro quer que a cloroquina, a exemplo de diversos países e defendida pelos maiores nomes da medicina, seja utilizada desde os primeiros sintomas, tal como prevê o protocolo de tratamento da Prevent Sênior e da Unimed.
O chefe do Executivo argumenta que “é direito do paciente” decidir sobre o seu tratamento. O Conselho Federal de Medicina publicou nota técnica permitindo a prescrição do medicamento mesmo em casos leves da doença, com as ressalvas dos riscos.
“O protocolo deve ser mudado hoje porque o Conselho Federal de Medicina diz que pode usar desde o começo”, afirmou. “O médico na ponta da linha é escravo do protocolo. Se ele usa algo diferente do que está ali e o paciente tem alguma complicação, ele pode ser processado”, afirmou o presidente.
Provável substituto
Chamado de 02 da saúde, o general Eduardo Pazzuello, foi sondado ontem (14) pelo presidente, após perceber que Teich não estava correspondendo aos anseios da sociedade.
Mas não é somente o General Pazzuello, formado pelas Agulhas Negras, que disputa a vaga. A doutora Nise Yamaguchi também está na mira do chefe do Executivo.
*Com informações do Renova Mídia, O tempo, Estadão
fonte: Estudos Nacionais.com
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