Ivam Rodrigues, do Sintricom, estava em frente à refinaria quando foi abordado por policiais militares. Além de mandado de prisão preventiva, ele descumpriu uma ordem judicial que impedia que se aproximasse da Revap.
O sindicalista Ivam Rodrigues, investigado por extorsão a empresas e ameaças a trabalhadores, foi preso na manhã desta quinta-feira (27) em frente à Refinaria Henrique Lage (Revap) em São José dos Campos (SP).
Ele estava em frente à refinaria quando foi abordado por policiais militares. Segundo a PM, havia uma uma ordem judicial que impedia que ele se aproximasse da Revap. Também havia um mandado de prisão em aberto contra ele expedido pela Justiça Federal.
Ivam é investigado pela Polícia Federal pela atuação no Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção e Montagem Industrial (Sintricom).
Em outubro de 2019, a PF promoveu a operação 'Pau na Gata', com objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada a prática de crimes de extorsão, ameaça e crimes contra organização do trabalho praticados, em tese, por representantes do sindicato contra trabalhadores terceirizados da Revap.
Na ocasião, o policiais apreenderam R$ 260 mil em dinheiro, uma pistola com silenciador e numeração raspada, munições de .380, um bloqueador de sinais de celular, computadores e documentos.
As investigações tiveram início após denúncias de várias empresas terceirizadas da Revap. Elas denunciaram que a ação do sindicato era extremamente violenta, com depredação de ônibus e de veículos particulares, ataques às casas de empregados das empresas, inclusive com disparos de arma de fogo, entre outras.
Ivam Rodrigues foi levado para a Polícia Federal. A defesa de Ivam Rodrigues não quis comentar a prisão até a publicação da reportagem.
Histórico
A investigação da Polícia Federal teve início após confusões envolvendo sindicalistas na portaria da Refinaria Henrique Lage.
Os incidentes tiveram início por causa da contratação de terceirizados para trabalhar na refinaria. Foram quase 70 boletins de ocorrência contra sindicalistas e desde 2019 a Polícia Militar escolta ônibus com funcionários até o trabalho.
Alguns atos chegaram a terminar em confusão. Em junho de 2019, cinco pessoas foram detidas após conflito na portaria da refinaria. Em fevereiro do mesmo ano, os sindicalistas chegaram a fechar a marginal da Dutra e foram dispersado pela Polícia Militar.
Em ocasiões anteriores, o sindicato alegou que a presença na portaria da Revap era para fazer assembleias e fiscalizar o cumprimento do acordo coletivo, que prevê contratação de mão-de-obra local. Desde o início, os sindicalistas alegam que essa cláusula não é cumprida, o que é contestado pelas empresas terceirizadas.
fonte: G1/Vanguarda
fonte: G1/Vanguarda
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