A Secretaria de Estado da Fazenda e do Planejamento de São Paulo, a Superintendência da Receita Federal, a PGE (Procuradoria Geral do Estado), a Polícia Civil e a Polícia Militar também participam da operação, que visa combater sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
O MP-SP investiga a existência de diversas organizações criminosas voltadas para a prática desses e de outros delitos.
A pedido do MP-SP, o juiz titular da 2ª Vara Criminal de São José dos Campos, Brenno Gimenes Cesc, autorizou o cumprimento de 88 mandados de busca e apreensão. Não há mandados de prisão.
Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos Estados de Goiás e Minas Gerais. A Justiça também determinou o sequestro de 17 imóveis.
As buscas estão sendo feitas em empresas do setor farmacêutico e na residência de pessoas ligadas às organizações criminosas, em São Paulo, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Bauru, Piracicaba e Campinas.
Durante as diligências, os agentes encontraram R$ 5 milhões em espécie em 1 gaveteiro.
Assista ao vídeo (53 segundos):
De acordo com a investigação, as fraudes dos grupos empresariais foram feitas nos últimos 6 anos.
Segundo o MP-SP, o esquema consistiria na criação de atacadistas de medicamentos em Goiás e São Paulo, que atuariam como intermediárias entre os laboratórios fabricantes (a maioria localizada no Estado de São Paulo) e os destinatários finais das mercadorias.
A investigação aponta que a prática serviria para evitar a responsabilidade pelo pagamento antecipado do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) ao criar dificuldade aos órgãos de fiscalização na identificação e na cobrança da obrigação tributária.
Segundo o MP-SP, o trabalho da força-tarefa também visa responsabilizar toda a cadeia de empresas e pessoas que participam das fraudes fiscais (indústria, distribuidoras, redes de farmácias e articuladores dos esquemas).
Eis imagens da operação divulgadas pelo MP-SP:
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