Estava voltando para minha casa, há pouco, e parei na conveniência que sempre paro, no caminho entre a casa da minha mãe e a minha, para comprar cigarros. Não pude entrar. Segundo o novo decreto municipal, não podemos frequentar nenhum estabelecimento sem máscara. Eu estava indo comprar cigarro, responsável por 8 milhões de mortes, anualmente. A segunda maior causa de óbitos no mundo. Mas tinha que estar de máscara, para evitar uma gripe. Eu, honestamente, não sei até que ponto o brasileiro vai continuar aceitando todos estes desmandos. Não entendemos, ainda, que uma ditadura não acontece da noite para o dia. Não acordamos em um regime totalitário. As liberdades vão sendo minadas aos poucos, de forma quase imperceptível. Governadores e prefeitos, apoiados pelo judiciário, estão fechando vias e, por vezes, cidades inteiras; confiscando propriedades privadas; cerceando nosso direito de ir e vir; nos impedindo de trabalhar e estabelecendo, agora, trajes obrigatórios para a