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Governo Doria recomendou fechamento de supermercados em cidades do interior paulista

 

No que dependesse do governo do Estado de São Paulo, os 24 municípios da região de Araraquara, no interior paulista, estariam em lockdown. A recomendação previa que até mesmo os supermercados deveriam ficar fechados a partir desta terça-feira, 30. De acordo com o prefeito de São Carlos, Airton Garcia (PSL-SP), a medida foi proposta por membros da Secretaria Estadual de Saúde em uma reunião que ocorreu na última quarta-feira, 24. Horas antes, entretanto, em coletiva com transmissão ao vivo, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), disse que era contra o fechamento dos supermercados paulistas. De acordo com o tucano, esses estabelecimentos comerciais “representam pontos de abastecimento fundamentais para a população”.

Em entrevista a Oeste, o prefeito Garcia conta detalhes sobre o que foi tratado durante o encontro.

O prefeito Airton Garcia (PSL-SP) | Foto: Divulgação/Prefeitura de São Carlos

Na última quarta-feira, houve uma reunião entre o governo do Estado de São Paulo e os prefeitos da região de Araraquara para tratar de medidas para conter a covid-19. É verdade que o governo do Estado propôs que todas as cidades da região adotassem um lockdown em que até mesmo os supermercados deveriam ficar fechados?

Sim. No último dia 24, houve uma reunião on-line com prefeitos da região de Araraquara com o intuito de padronizar as restrições, como a proibição da circulação de munícipes em espaços públicos e, também, o fechamento de estabelecimentos considerados essenciais pelo período de dez dias.

Nem mesmo o delivery seria permitido? 

A proposta mencionava o termo lockdown total, com autorização mínima quanto ao trânsito de pessoas, fechamento de bancos, indústrias, inclusive de supermercados pelo período de quatro dias, além de proibição de venda de carvão e bebidas alcoólicas.

Horas antes desse encontro, o governador João Doria declarou publicamente que os supermercados do Estado não deveriam fechar: “Não fechem os supermercados. Os supermercados representam pontos de abastecimento fundamentais para a população”. O que representou essa mudança de posicionamento do governo estadual?

O sentimento foi de insegurança. Toda essa confusão atrapalha muito. O momento exige personalidade, coragem, mas sem união e coalizão, principalmente nas esferas executivas, [haverá] ainda mais dificuldade e falta de credibilidade para a população. O governador e o doutor Gabbardo [João Gabbardo, médico e coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo] foram claros no apelo, porém poucas horas depois servidores do governo estadual propunham outra direção.

Quem eram os representantes do governo estadual nessa reunião? A partir de que dia essa medida entraria em vigor e por quanto tempo deveria durar?

Não citarei nomes. Não devemos personificar, mas participaram membros do staff estadual. A proposta pedia a vigência das restrições por dez dias, com início em 30 de março.

Qual foi a justificativa que a Secretaria regional usou para pedir o lockdown e o que governo estadual pretendia com a medida?

A justificativa foi tentar conter a disseminação do coronavírus, porém não ficou claro o motivo de o Plano SP e o Centro de Contingência não estarem alinhados com a proposta.

Na oportunidade, o que o secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vinholi, disse sobre a proposta de manter os supermercados fechados?

O Vinholi se desculpou, pois naquele momento participava de outras duas reuniões, e apenas afirmou que apoiava a união dos prefeitos, mas sem maiores detalhes.

Qual é sua opinião sobre o lockdown e por quê?

O distanciamento social deve ser o foco de cada cidadão. Se cada um fizer sua parte, usando máscara e promovendo a higienização correta, os riscos serão minimizados. São os municípios que enfrentam cara a cara as dificuldades geradas pela pandemia. Precisamos que governo federal e o estadual deem reais condições aos prefeitos para que administrem as cidades. Precisamos de mais vacinas, medidas claras e transparentes. Caso contrário, o lockdown será apenas uma “marca política”, e não um recurso técnico.

São Carlos não adotou um lockdown. Araraquara, cidade próxima e com praticamente o mesmo porte, sim. Por lá, a medida extrema entrou em vigor há mais de um mês e os números de internação em UTIs em razão da doença saltaram de 62 em 21 de fevereiro para 85, um mês depois. O que o senhor fez para conter o avanço da covid-19 em São Carlos?

Aqui em São Carlos procuramos sempre o caminho da conscientização e equilíbrio. O cidadão sem trabalho não coloca a comida na mesa, e sem saúde não poderá trabalhar. Precisamos cuidar uns dos outros. Os números assustam em todos os lugares. Nenhuma quantidade de doentes ou mortos é aceitável. A pandemia é uma desgraça que assola a todos, e por isso pecamos por excesso, mas sem rasgar a Constituição e sempre com muita responsabilidade.


Com informações: Revista Oeste

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ELAS

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