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Conheça Iron Dome, o sistema antimíssil de Israel

 

As imagens de mísseis disparados pelo Hamas sendo interceptados no ar pelo sistema de defesa israelense chamaram a atenção do público. À direita, dezenas de foguetes são lançados, a partir da Faixa de Gaza, em direção a Jerusalém. À esquerda, as linhas curvas cintilantes do Iron Dome agem para frustrar os ataques de fundamentalistas islâmicos.

Segundo o Israel Defense Forces (IDF), mais de 2 mil projéteis foram lançados de Gaza contra o território israelense durante o conflito mais intenso entre Israel e Hamas nos últimos sete anos. Daqueles que sofreram tentativa de interceptação, 90% foram destruídos antes de atingir regiões povoadas.

Doze pessoas morreram e outras 340 ficaram feridas devido aos ataques do Hamas. Não fosse a eficiência do sistema antiaéreo israelense, entretanto, o número de baixas seria substancialmente maior. A que se deve, portanto, a precisão do Iron Dome? Essa e outras dúvidas serão respondidas aqui, em Oeste.

A origem do Domo de Ferro

A ideia de um sistema antimíssil surgiu em meados da década de 1990, durante o conflito israelo-libanês. Na ocasião, o grupo fundamentalista islâmico xiita Hezbollah, sediado no Líbano, lançou milhares de foguetes contra cidades israelenses. Danny Gold, então general-brigadeiro do Israel Defense Forces, sugeriu às lideranças do Exército a criação de um sistema de defesa complexo, que pudesse interceptar os mísseis disparados por terroristas e, ao mesmo tempo, protegesse civis israelenses.

No entanto, o conceito do Iron Dome — Domo de Ferro — ganhou força apenas em 2004, quando Danny Gold tornou-se diretor da equipe de pesquisa e desenvolvimento das Forças Armadas de Israel.

Três anos depois, em 2007, o sonho do escudo antimíssil tornou-se realidade. Com apoio técnico e financeiro dos Estados Unidos, as empresas israelenses Rafael Advanced Defense Systems e Israel Aerospace Industries construíram o Iron Dome. Os norte-americanos investiram mais de US$ 200 milhões para a tecnologia sair do papel.

Em 2011, a qualidade do Domo de Ferro foi posta à prova, em resposta a bombardeios perpetrados pelo Hamas contra a cidade de Beer Sheva, localizada no sul de Israel. Bem-sucedido, o sistema antiaéreo passou a ser utilizado pelo Exército do país.

Como funciona o Iron Dome

O sistema é formado por três elementos essenciais: (1) radar de detecção e rastreamento de foguetes inimigos; (2) central de controle de armas e gerenciamento de batalha; e (3) unidade de disparo de mísseis, pronta para agir aos sinais de alerta.

Quando um míssil rival é detectado pelo radar, a central de comando recebe um aviso, calcula a trajetória e o possível ponto de impacto do projétil. Se o alvo dos inimigos for uma região habitada, o sistema lança um foguete programado para explodir perto do projétil considerado invasor, causando sua destruição imediata — a velocidade do míssil interceptador pode chegar a 3.100 quilômetros por hora. O Iron Dome detecta mísseis lançados em um raio de até 70 quilômetros.

“O radar detecta o lançamento de um foguete e transmite informações sobre sua trajetória para o centro de controle, que calcula o ponto de impacto esperado”, explica o Israel Defense Forces. “Se este local justifica uma interceptação, um míssil é disparado para interceptar o foguete. A carga útil do míssil interceptor explode perto do foguete, em um local que não deve causar ferimentos a civis.”

De acordo com o grupo de análise de segurança Jane’s International Defense Review (IDR), os mísseis têm aproximadamente 3 metros de comprimento, 15 centímetros de diâmetro e pesam 90 quilos. O sistema é fácil de ser transportado e leva apenas algumas horas para configurá-lo. O Domo de Ferro pode ser operado em qualquer condição climática.

Tecnologia de alto custo, mas de valor incomensurável

Até o momento, os Estados Unidos investiram US$ 1,6 bilhão para a manutenção do sistema antimíssil, de acordo com relatório do Congressional Research Service (CRS). Em 2014, norte-americanos e israelenses firmaram acordo de coprodução para permitir a fabricação dos componentes do sistema Iron Dome nos Estados Unidos. A United States Missile Defense Agency (MDA) tem acesso total à tecnologia.

A produção de cada unidade do Iron Dome custa US$ 50 milhões, e cada míssil interceptado custa, no mínimo, US$ 62 mil. O alto preço da tecnologia, contudo, é proporcional à eficácia do sistema antiaéreo. Conforme o Exército israelense, a taxa de interceptação de foguetes rivais é de 90%.

Eficiência que gera complacência

Em razão da eficiência da Cúpula de Ferro, milhares de civis israelenses simplesmente seguem com suas atividades cotidianas mesmo após o soar dos alarmes. Parte da população local tem certeza de que os mísseis inimigos serão interceptados pelo Iron Dome.

“Há complacência. As pessoas não entram em pânico e tendem a negligenciar o alarme. No entanto, ninguém prometeu 100% de proteção”, relata Yiftah Shapir, especialista em defesa antimíssil e pesquisador do Instituto de Estudos de Segurança Nacional (INSS) de Israel.

Danny Gold, um dos idealizadores do Domo de Ferro, confirma o risco: cada vez mais se observa a tendência de os israelenses prosseguirem com suas tarefas diárias, não obstante os alertas de foguetes. “A defesa é uma combinação de sistema antimíssil, sirenes e atividades intensas de inteligência”, explicou Gold. “Não há como as pessoas ficarem em casa e não fazerem nada, achando que o Iron Dome vai fazer tudo 100% correto.”

De acordo com o diretor da equipe de pesquisa e desenvolvimento das Forças Armadas de Israel, os cidadãos o tratam como herói. “Salvar vidas israelenses era a intenção principal ao criar esse sistema”, disse Gold. “Acho que é uma enorme conquista, não só para mim, mas para as centenas de pessoas que trabalharam no Iron Dome durante alguns anos.”

Iron Dome, o novo super-herói israelense

A gratidão da população local aos criadores do sistema antimíssil pode ser observada na realidade. Recentemente, a cantora, compositora e modelo Sarai Givaty Luboschits publicou nas mídias sociais o desenho de um novo super-herói israelense, que surgiu em meio aos combates contra o Hamas. Trata-se do Iron Dome.

O personagem carrega consigo as cores azul e branco, da bandeira de Israel, e a Estrela de Davi, um símbolo utilizado pelo judaísmo e por seus adeptos. O nome Estrela de Davi vem do hebraico Magen Davi, literalmente “Escudo de Davi”. Segundo a tradição judaica, os soldados do rei Davi, um dos principais personagens do Antigo Testamento, traziam no escudo o hexagrama para atrair a proteção divina.

De acordo com Sarai, a ideia de criar um novo super-herói israelense surgiu da necessidade de explicar aos filhos a história do conflito entre Israel e Hamas. “Eu disse às crianças que temos um super-herói chamado Iron Dome, que cuida de todos nós e intercepta os mísseis dos bandidos no ar”, explicou a modelo. “Toda vez que ouvem um estrondo, as crianças sabem que o sistema antiaéreo realmente conseguiu interceptar os mísseis inimigos. Então, seus sorrisos voltam.”

A obra foi produzida por dois ilustradores chamados Yehuda Devir e Maya Devir. Após ouvirem de Sarai a história que ela contava aos filhos, os artistas resolveram criar o Iron Dome. Segundo os ilustradores e a modelo, o novo super-herói é um símbolo de força, vitória e heroísmo para os filhos de Israel.

StandWithUs, uma das maiores organizações pró-Israel do mundo, com mais de 130 mil seguidores no Twitter, publicou a imagem do Iron Dome nas mídias sociais. “Apresentando um novo super-herói israelense: Iron Dome, o protetor de Israel. Nós amamos isso! #IronDome10”, diz a postagem. O novo símbolo de heroísmo do país ganhou até uma conta oficial no Instagram.

fonte: Revista Oeste

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ELAS

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