São Paulo – Um em cada três veículos leves emplacados no mercado brasileiro em 2021 foi produzido pela Stellantis. Em seu primeiro ano de operação a companhia, criada a partir da fusão da Fiat Chrysler Automobiles com a PSA Peugeot Citroën, foi a líder em vendas no País, com 635,5 mil veículos Chrysler, Citroën, Fiat, Jeep, Peugeot e Ram licenciados, crescimento de 38% sobre o resultado do ano anterior.
Por aqui a Fiat também liderou o mercado, com 21,7% das vendas e 431 mil veículos emplacados.
Na Argentina a Stellantis fechou o ano com 29,1% de market share, 103,3 mil unidades comercializadas. Na América do Sul, em geral, respondeu por 22,9% do total de veículos vendidos, somando 811,6 mil unidades.
O presidente Antonio Filosa acredita que ainda há espaço para crescer:
“Podemos crescer em mercados como Chile e Colômbia, por exemplo. São mercados que nos interessam bastante. E claramente marcas como Citroën e Peugeot, que registraram bom desempenho no ano passado, ainda estão aquém de seu potencial, assim como a Ram”.
As duas marcas originárias da PSA são o que Filosa considera “alavancas de crescimento” para a Stellantis nos próximos anos. A Citroën lança, este ano, o novo C3, considerado pelo presidente um dos principais modelos novos da companhia na região em 2022: “O C3 tem potencial para rapidamente saturar a fábrica de Porto Real. E será apenas o primeiro passo da Citroën, que tem um plano robusto de lançamentos”.
O executivo lembrou que 2022 será o primeiro ano cheio de vendas do Fiat Pulse, SUV produzido em Betim, MG, e que Filosa considera ter potencial para ser o principal Fiat no mercado local, e do Jeep Commander, produzido em Goiana, PE. Há ainda as vendas adicionais da Strada com câmbio CVT: a picape, líder em vendas no Brasil no ano passado, só oferecia transmissão manual.
Filosa acredita que a crise dos semicondutores caminha para uma resolução: a tendência, avalia, é de melhora: “Ainda não estamos fora, mas começamos a sair da crise. Estou otimista”.
No mês passado a companhia convocou cerca de metade dos 1,8 mil trabalhadores que afastara, por lay off, dois meses antes, por avaliar que havia consistência na retomada de entregas de semicondutores. O executivo acredita que os demais poderão ser chamados de volta nos próximos meses.
Foto: Divulgação.
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