A tentativa de saída do setor ocorre em um momento de crescimento de supermercados de atacado e varejo, com mais brasileiros buscando economizar em suas compras em um cenário de alta inflação.
Desde antes da pandemia, quando havia faturado cerca de R$ 7 bilhões, a Makro vinha estruturando sua operação para uma venda. A companhia fechou lojas ao longo da última década e modificou seu modelo de operação, antes voltado apenas a atacadistas, para aceitar cartões de crédito e débito, a fim de atender ao público geral. A renovação não foi suficiente para conquistar o consumidor.
O segmento chamado “atacarejo” é o que mais cresce no varejo alimentar brasileiro. Atualmente, há 2 mil lojas no país, com faturamento anual de aproximadamente R$ 230 bilhões. A expansão de lojas também é notável: 26% apenas em 2021, especialmente nas regiões Norte e Sul.
O Santander já propôs ofertas ao mercado, sobretudo às companhias que atuam com lojas de grande porte. A decisão de sair do país ocorre apenas dois anos depois da venda de 30 lojas da rede atacadista para o Carrefour, por R$ 1,95 bilhão. De lá para cá, a Makro concentrou sua operação em São Paulo. Apesar de ter atuado no Estado mais rico do país, o grupo não atingiu os níveis de competitividade de seus principais concorrentes, como o Atacadão e o Assai.
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