“A internet deu voz aos imbecis”.
A afirmação acima, acreditem, partiu de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Foi dita por Alexandre de Moraes, na noite desta sexta-feira (13), em participação no XXIV Congresso Brasileiro de Magistrados, em Salvador-BA.
Horas antes, outro ministro do Supremo, Luís Roberto Barroso, também aproveitou para deixar sua ‘pérola’ no mesmo evento, ao afirmar o seguinte sobre o período em que foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE):
“Tive que gastar tempo discutindo a bobagem do voto impresso”.
Neste mesmo congresso, o presidente do senado federal, Rodrigo Pacheco, foi na mesma linha e disse que as lideranças do Legislativo e do Judiciário não estavam conseguindo solucionar os problemas do Brasil:
“Tinham que defender a democracia de ataques populistas demagógicos e covardes”, afirmou o parlamentar, deixando claro a quem era o recado, ao não citar o terceiro poder interessado, no caso, o Executivo.
Tudo sob os olhos atentos de outros ministros do STF, que também participam do evento, que se encerra neste sábado (14) e, olhem só, assistido também pelo governador da Bahia, o petista Rui Costa, acusado de participar de um escandaloso esquema de corrupção envolvendo desvios milionários de verbas federais que estavam destinadas para a compra de insumos e equipamentos no combate à pandemia de Covid-19.
Costa, aliás, aproveitou para se encontrar com presidente do STF, Luiz Fux, durante a abertura do evento, e trocou um efusivo cumprimento, sem distanciamento e sem álcool gel.
De Pacheco, tudo pode ser esperado. Afinal, é um político em eterna campanha eleitoral, escolhendo lados, fazendo conchavos e ‘dividindo o poder’ de forma a garantir a maior e melhor fatia para si.
Mas de ministros da mais alta corte do país, tal ativismo judicial e político ultrapassou todos os limites permitidos pela Constituição, em ações e palavras que não encontram sustentação legal nem mesmo em livretos de regras dos diretórios acadêmicos de universidades públicas.
Caberia ao senado, do Sr. Pacheco, o papel de chamar a atenção do STF sobre o seu papel e os limites que deveriam ser respeitados, atuando como uma ferramenta de freios e contrapesos.
Mas o parlamentar deixa claro de que lado está quando se reúne para jantares a portas fechadas com estes mesmos ministros, como o que ocorreu esta semana, na casa da Senadora Kátia Abreu.
Além da anfitriã, declarada opositora do governo, e de Rodrigo Pacheco, estavam lá, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Na mesma mesa, ainda participaram, olhem só, Renan Calheiros e seu filho, o ex-governador de Alagoas, Renan Filho, o petista Jaques Wagner, Tasso Jereissati, Weverton Rocha, Marcelo Castro e, claro, Randolfe Rodrigues.
Uma reunião macabra com opositores ferozes de Jair Bolsonaro e a presença de três – não apenas um ou dois, mas três – ministros do STF.
O que teriam tramado? Todos já imaginamos (para não dizer que já sabemos), mas preferimos que você, leitor, use sua imaginação e conte, nos comentários, o que eles conversaram neste jantar.
Aqui você tem voz e não será chamado de imbecil!
Uélson Kalinovski
Executivo da produtora UK Studios, em Jundiaí/SP.
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