Previsão é de redução de 10% no salário e na jornada de trabalho a partir de junho deste ano, o que só mudaria com aumento da produção; número de excedentes caiu de 350 para 160, que devem ser demitidos até final deste ano
Trabalhadores da Ford de Taubaté aprovaram, na tarde desta terça-feira, pacote de propostas para evitar demissões na planta.
O conteúdo foi negociado entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e prevê, entre outros, redução de 10% do salário e da jornada.
As negociações pela manutenção dos empregos começaram em setembro do ano passado, quando a Ford alegou ter um excedente de 350 trabalhadores em Taubaté.
Atualmente, a empresa emprega cerca de 1.300 pessoas e produz motores e transmissões em Taubaté.
Entre as propostas aprovadas, está a redução de 10% na jornada e no salário a partir de junho deste ano, medida que só mudaria com um aumento na produção.
Outra medida é a abertura de um novo PDV (Programa de Demissão Voluntária) para empregados horistas que será estendido aos 12 trabalhadores demitidos em janeiro. O desligamento deste grupo provocou uma greve de três dias na montadora.
Em novembro do ano passado, a Ford abriu um PDV que contou com adesão de 128 trabalhadores, número considerado baixo pela empresa. Em outubro, a companhia havia colocado 54 funcionários em licença remunerada.
PROPOSTAS.
Também foi aprovado pelos trabalhadores que o número de excedentes na planta caia dos 236 alegados pela Ford para 160, que serão demitidos até o final deste ano.
O valor aprovado para PLR foi de R$ 11,1 mil, sendo a primeira parcela paga em maio e a segunda em dezembro. Os trabalhadores concordaram em arcar com um dos três dias parados em janeiro, descontado em duas vezes: março e maio.
O 13º salário de 2020 terá a primeira parcela paga na semana que antecede o carnaval daquele ano, segundo a proposta votada pelos empregados da Ford.
Eles ainda aprovaram anistia de até 200 horas negativas, por empregado, no Banco de Horas, renovação por mais dois anos dos acordos que vencem em 2019 (dias pontes e ajustes pela jornada reduzida) e terceirização da casa de força a partir de 2020..
fonte: O Vale
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