Carnaval no Vale - São José do Campos, SP - Bloco 'Acorda Peão' do Sindicato dos Metalúrgicos é um dos mais tradicionais
Bloco Acorda Peão criticou o governo de Jair Bolsonaro — Foto: Sindicato dos Metalúrgicos SJC/Divulgação
Um dos blocos mais tradicionais de São José dos Campos (SP) animou o carnaval na manhã deste sábado (2) no Centro. O bloco 'Acorda Peão' é do Sindicato dos Metalúrgicos e, neste ano, o alvo das críticas foram a proposta de reforma da previdência, o governo do presidente Jair Bolsonaro e a negociação entre a Boeing e Embraer. O desfile começou com cerca de 30 minutos de atraso, a partir de 10h30.
O diretor do sindicato, Renato Bento Luiz, resumiu a proposta do Acorda Peão. "Todos anos passamos mensagem crítica política. A questão é que quando chega o carnaval e o Natal, o povo vira as atenções. O bloco veio pra despertar e mostrar que a vida não muda no carnaval, ela continua", disse. Para os sindicalistas, a reforma da previdência será prejudicial ao trabalhador.
Para o sindicato, a negociação entre a Embraer e a Boeing vai gerar desemprego no Brasil — Foto: Camilla Motta/G1
Para protestar contra o discurso da ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, as mulheres foram para o bloco com os abadás azuis e os homens, de rosa.
“Acho bacana a gente criticar no carnaval porque esse é um momento bom para colocar em prática o respeito à diversidade. Temos filhos e eles escolhem o que usar”, afirmou Itamar Coelho, professor taekondo. Ele aproveitou a folia acompanhado da mulher, Suzana Moreira.
O 'Acorda Peão' fez 21 anos em 2019. O carro abre-alas deste ano representou a posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Nele, a primeira-dama Michelle vai exibir um cheque no valor R$ 24 mil, em referência ao caso dos depósitos feitos pelo assessor Fabrício Queiroz na conta da mulher do presidente.
Desfile percorre as ruas do Centro de São José dos Campos — Foto: Camilla Motta/G1
A alegoria que fechará o bloco foi um dos destaque. A representação trouxe uma carruagem da previdência carregando militares e políticos - segundo o sindicato, privilegiados e carregados nas costas pelos trabalhadores do país.
Sobre a discussão entre Embraer e Boeing, criticada pelo sindicato, o bloco desfilou alegorias com a imagem do presidente americano Donald Trump com a 'Embraer na mão'. As duas empresas discutem a criação de uma nova empresa no setor da aviação comercial.
fonte: G1/ Vale do Paraíba
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