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Sem medo de arriscar...

Marcelo Justo/UOL

Poucos executivos da indústria automotiva se envolveram em uma polêmica tão grande em 2019 como Carlos Zarlenga. Mas não por causa das atitudes ou declarações deste argentino de gestos discretos e personalidade forte. Presidente da General Motors do Brasil desde 2016, Zarlenga ainda liderava as operações do Mercosul quando sugeriu que a empresa poderia deixar o Brasil. O caso veio à tona após o vazamento de um comunicado interno no qual o executivo dizia que a empresa teve "prejuízo agregado significativo no período de 2016 a 2018" e que iria "tomar todas as ações necessárias" para deixar de perder dinheiro. Após vários desdobramentos e incertezas, a GM conseguiu um novo acordo.

 Risco de reduzir operações no Brasil era real

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Parecia que 2019 seria um ano tranquilo para a General Motors. O Onix fechou seu quarto ano na liderança absoluta de vendas no Brasil e havia motivos de sobra para comemorar. Mas declarações do alto escalão da empresa abalaram as estruturas da empresa logo nas primeiras semanas. Tudo começou quando a presidente global da fabricante, Mary Barra, disse que a companhia estaria revendo suas operações na América do Sul porque não quer "investir para perder dinheiro". O presidente da companhia na região, Carlos Zarlenga, emitiu então um comunicado interno endossando o posicionamento de Barra. E foi além: na carta, o executivo disse que a empresa vivia "momento muito crítico".

Exportar é caminho, mas Brasil impede competitividade

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Embora a indústria tenha dado sinais de (lenta) recuperação frente aos maus resultados dos últimos anos, Zarlenga alerta que a oscilação do valor do Real aumenta a dificuldade de viabilizar investimentos. "No Brasil é necessário ter um pé de exportação. Se você não tem um pé de exportação, não sabe qual vai ser o retorno do investimento, porque com o Real a US$ 2 é uma coisa, com o Real a US$ 5, é outra. Então, é uma loteria. Como a gente faz? Temos que exportar para toda América do Sul", disse Zarlenga. O mandatário da GM, porém, reclama do chamado "Custo Brasil". Segundo Zarlenga, a alta carga tributária e os gastos com processos trabalhistas dificultam a competitividade.

Se ocorrer a abertura [e nada mudar], o que vamos fazer? Simples. Somos uma multinacional. Se não houver mudanças, levamos os investimentos do Brasil para outras fontes e vamos atender o mercado brasileiro do México, China ou Coreia, sem nenhum problema" Carlos Zarlenga, sobre altos custos de produção no Brasil.

Marcelo Justo/UOL

Bolsonaro e novo governo argentino precisam se entender 

Brasil e Argentina são importantes parceiros comerciais e dependem um do outro para praticamente tudo que envolve a economia de cada nação. Prova disso está no desempenho da indústria brasileira, cujas exportações foram duramente afetadas para crise no país vizinho. Um abalo de relações, como ocorreu recentemente entre o governo Bolsonaro e o recém-eleito presidente argentino Alberto Fernández, preocupa as empresas que têm relações com os dois países. Na condição de presidente da General Motors América do Sul, Zarlenga crê que os governos poderiam unir forças para pleitear melhores condições para ambos. "A relação bilateral.

Como manter preço e melhorar carro mais vendido do Brasil 



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Consumidor está mais exigente e conectado Segundo Zarlenga, a criação do novo Onix e de outros lançamentos da GM têm levado em consideração uma mudança no perfil do consumidor de carros: "Nossa visão de mundo mudou, ela não é a mais a mesma de sete ou oito anos atrás. O projeto do novo Onix se baseia em quatro pilares: design, conectividade, segurança e desempenho. Todo mundo deseja ter tudo isso em um carro". "Quando falamos em desempenho, o carro precisa tem a maior autonomia, a melhor eficiência de combustível e a melhor performance da categoria. A segurança também mudou, é realmente importante na cabeça das pessoas. E quanto ao design, você se identifica com os produtos. 



"A segurança pode até ser um diferencial de compra, mas deveria ser algo presente em qualquer carro. Mas aí você entra em outras discussões. Se colocamos um carro de entrada com preço mais acessível a um patamar de segurança menor que de outros carros, ainda é mais seguro do que uma moto".  Carlos Zarlenga, sobre a importância dada ao consumidor à segurança dos carros O Onix já teve três estrelas, depois zero, aí novamente três e agora cinco. Amanhã aparece outro protocolo e o carro cai para duas estrelas. E tudo bem. Desde sua concepção e do lançamento em 2013, o Onix sempre foi pensado para o patamar de segurança da época. Já o novo Onix foi pensado para o atual patamar" Carlos Zarlenga, sobre a nota 'zero' recebida pela primeira geração do Onix em teste do Latin NCap em 2017. 
Ter bom carro é mais importante que motorização A entrevista com Zarlenga foi realizada durante o lançamento do Chevrolet Bolt, grande aposta da montadora para entrar com força no mercado de elétricos. O executivo vê o novo produto como o início de uma série de novos carros que devem chegar nos próximos anos e que apontam como o futuro da indústria automotiva. "O ano que vem já vem vários elétricos mais e vamos ter quase 25 elétricos em poucos anos, três, quatro anos. Então, o portfólio vai crescer rapidamente", disse Zarlenga. O preço elevado dos modelos elétricos não são vistos pelo mandatário da GM como obstáculo para o volume de vendas. Zarlenga aposta que o aumento de opções.
Planos para o futuro não passam por fusão A recente fusão entre FCA Fiat Chrysler e PSA-Peugeot Citroën movimentou o fim de ano da indústria automotiva mundial. Caso o acordo realmente seja firmado, o novo conglomerado será o quarta maior da indústria do setor no mundo, superando exatamente a General Motors. Porém, poucos lembram que a FCA procurou a GM quatro anos antes de se acertar com a PSA. A proposta (posteriormente recusada) foi feita pelo então CEO, Sergio Marchionne, diretamente à Mary Barra, CEO da General Motors. "Também fomos chamados para fusões. Uma das propostas, aliás, foi muito pública. Porém, já faz um tempo que estabelecemos um planejamento claro de eletrificação.
Ainda é cedo para avaliar impacto dos autônomos A GM é uma das fabricantes que mais investem em estudos de condução autônoma. Desde 2016 a fabricante é dona da Cruise Automation, empresa especializada no desenvolvimento deste tipo de tecnologia. "Até pouco tempo atrás estávamos fazendo demonstrações da tecnologia autônoma, mas o tempo passou e hoje todo mundo precisa desenvolver tecnologias que ainda não existem. Nosso caminho está bem definido, já que nosso objetivo era chegar até a tecnologia. Vamos ver o que acontece, mas será bem interessante", afirmou. "Posso dizer, inclusive, que temos tecnologia autônoma nível 1 em um carro de entrada no Brasil.
Locação não deve ser foco das montadoras As discussões sobre o futuro dos automóveis ganharam força nos últimos anos, principalmente com o surgimento de novas formas de mobilidade e novos usos dos carros através de autônomos e serviços de carsharing. Algumas montadoras, como a Toyota e recentemente a CAOA, passaram contar com o serviço de locação de carros para os clientes. A própria GM já fez testes junto a funcionários de todas as suas fábricas no país. Zarlenga acredita no sucesso deste modelo de negócio, mas não o vê como a galinha dos ovos de ouro para a indústria. "Vou falar minha opinião, e não a da GM. O modelo de negócio que vem para o futuro sempre gera discussões.
Nunca deixarei de ter um carro porque sou fanático por eles. Mas posso ter meu carro e usar um desses serviços no dia-a-dia. Vamos construir o produto e entregar o serviço e a experiência para o cliente, e só aí a gente vê o que fazer". Carlos Zarlenga, sobre o futuro do mercado automotivo Em 2007 não existia iPhone, não tinha smartphone e nem dava para acessar Youtube no seu telefone. Lembra das mensagens de texto nos telefones? Olha como as coisas mudaram rápido. O futuro vai ser superinteressante e reserva uma mudança sensacional". Carlos Zarlenga, sobre as mudanças de mercado nos próximos anos. FONTE: UOL

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