Num artigo publicado em seu blog pessoal (21), o atual Ministro de Relações Exteriores expõe qual janela de oportunidade se abriu aos agentes políticos com intenções globalistas.
O Chanceler vai ao embate com o filósofo marxista Slavoj Žižek, expondo as intenções vindas à luz pela emergência do debate sobre ações globais contra o vírus chinês.
Embora a grande mídia se esforce para enquadrar o Ministro no naipe de teórico da conspiração, não há nada de exótico ou secreto em sua exposição. Ernesto cita o livro do filósofo esloveno, recém publicado na Itália, Virus, onde Žižek descreve o globalismo como substituto do socialismo na etapa antecessora ao Estado Comunista.
Diz o Ministro, — Žižek não esconde seu anseio e sua convicção de um vírus “diferente e mais benéfico” do que o coronavírus, o vírus ideológico, contagiará o mundo e permitirá construir o comunismo de uma forma inesperada.
A observação fundamenta-se num trecho do livro de Žižek, onde o marxista deixa o posto de observador e torna-se membro da torcida para que “se propague um vírus ideológico diferente e muito mais benéfico, e só temos a torcer para que ele nos infecte: um vírus que faça imaginar uma sociedade alternativa […] que vá além do Estado-nação e se realize na forma de solidariedade global e da cooperação”.
Da necessidade de ações globais que garantam o bem-estar social, Žižek vê a OMS assumindo, por hora, “uma coordenação em escala global”. Depois, “serão conferidos maiores poderes a outras organizações desse tipo”.
Neste ponto, entendemos o louvor que a classe política brasileira clama à Organização Mundial da Saúde. Ernesto Araújo demonstra o valor dado por Žižek à OMS, sua importância para desnacionalização, “um dos pressupostos do comunismo”.
Transferir poderes à OMS, sob o pretexto (jamais comprovado!) de que um organismo internacional centralizado é mais eficiente para lidar com os problemas do que os países agindo individualmente, é apenas o primeiro passo na construção da solidariedade comunista planetária, afirma o Ministro Ernesto Araújo.
Žižek fala da “necessidade urgente de uma reorganização da economia global que não esteja mais sujeita as mecanismos de mercado”, diz ainda que não se trata do comunismo de outrora, mas “de algum tipo de organização global que possa controlar e regular a economia […] limitar a soberania dos Estados nacionais”.
Neste ponto do artigo — que tornou-se debate público, tendo o filósofo esloveno respondido aos comentários do Chanceler — Ernesto Araújo demonstra a diferença principal no que Žižek denomina de “comunismo de outrora” e “organização global”: não é o comunismo do tempo de Stálin, que instalava ora num país, ora noutro, um sistema planejamento econômico central, sempre fracassando em proporcionar o bem-estar, sempre exitoso em controlar e oprimir a sociedade. Trata-se agora de um planejamento central mundial, escreve o Ernesto Araújo.
Lá pelas 20h da noite de terça-feira (23), a resposta do filósofo surgiu publicada em portais como Brasil 247, O Globo e tantos outros. Onde Žižek diz que o “Ministro não entendeu a questão”. Ele afirma que as medidas tomadas por pelos países afetados contra o vírus chinês “estão violando as regras básicas do mercado […] Em que outra época se viu conservadores se sentindo compelidos a agirem como comunistas, dando preferências ao bem comum em vez dos mecanismos do mercado?”
Žižek é influente por todo mundo, em especial no Brasil, já tendo participado do programa Roda Viva em 2013. Ernesto Araújo é o Ministro de Relações Exteriores que, saindo das arengas burocráticas internacionais, vem a público dar unidade às discussões que temos visto em torno do vírus chinês.
fonte: Estudos Nacionais.com
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