Milhares de trabalhadores filiados à Força Sindical do Paraná fazem uma paralisação das atividades nesta quarta-feira (28). O ato, segundo a central sindical, faz parte do Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Direitos e dos Empregos e protesta contra demissões arbitrárias. Estão previstas manifestações semelhantes em outros estados. Segundo a categoria, foram mais de 1,3 mil demissões em 2014 e 270 desde o início de 2015. Os protestos devem reunir cerca de 40 mil trabalhadores em todo o Paraná.
Em Curitiba e Região Metropolitana, os protestos correm em fábricas como Bosch, CNH, Volvo, WHB, Perfecta, Seccional, Aker Solutions, Maflow, Hass do Brasil (CIC), Volkswagen, Renault, Brafer, dentre outras, segundo a Força Sindical.
No início da manhã, centenas de trabalhadores protestaram e causaram lentidão na BR-277 até o Contorno Leste. As três faixas da rodovia no sentido Paranaguá ficaram fechadas por uma hora. Segundo a concessionária que administra o trecho, Ecovia, a fila de veículos chegou a três quilômetros.
No Contorno Sul, os dois sentidos da pista na altura do km 600 foram fechados. Às 8h40, o local já tinha sido liberado. O congestionamento chegou a dois quilômetros.Também houve interdição na BR-376, no sentido Santa Catarina, por conta de outro protesto de metalúrgicos por volta das 8h. O trecho ficou interditado por 15 minutos.
Os funcionários também devem fazer um ato público por volta das 10h na Praça Santos Andrade. A expectativa é de que trabalhadores de outras cidades do estado também participem.
Além do protesto contra as demissões, a mobilização também atinge as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que, segundo a Força Sindical, limitam ou cortam direitos trabalhistas. As MPs promoveram alterações em benefícios como seguro desemprego, abono salarial, auxílio-doença, pensão por morte e o seguro defeso.
O ato ainda cobra do Governo do Paraná o cumprimento da lei estadual 16.192/2009, que determina que empresas com benefícios fiscais mantenham os níveis de emprego estáveis.
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