A inauguração da fábrica da Jeep, que ocorre nesta terça-feira (28), em Goiana, está sendo comemorada efusivamente pelo governo federal, por ser a primeira boa notícia produzida neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
Afinal não é todo dia que se pode falar concretamente na geração de milhares de empregos, como os que estão sendo criados pela montadora em Pernambuco, muito menos, constatar que a efetiva aplicação dos R$ 7 bilhões investidos no empreendimento pelo Grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA), está ajudando a transformar positivamente as realidades social e econômica de uma área tão carente como a do nordeste brasileiro.
Há quem acredite, inclusive, que o evento poderá se transformar num divisor de águas. Não apenas por que ele proporciona um alento contra a maré de pessimismo e de más notícias que assolam o país, mas também por que permite que o governo federal inverta ou pelo menos interrompa a sucessão de pautas negativas que o Brasil tem assistido.
Portanto, ganha o governo de bandeia, o argumento de que vale a pena acreditar no Brasil e que o país é muito maior do que a crise que ora atravessa.
E foi exatamente isso que a FCA, um dos maiores grupos automobilísticos do mundo fez. Apostou sem receios no potencial brasileiro para inaugurar a primeira fábrica da marca Jeep fora dos Estados Unidos.
Curiosamente, plantou a sua fábrica ultramoderna, dotada de altos índices de automação, em meio a um extenso canavial na região da Zona da Mata Norte, a 63 quilômetros de Recife.
Esse é, portanto, um ato simbólico. Sinal de que o mundo vê o país com outros olhos. Não com os daqueles dotados com complexo de inferioridade ou de vira-latas, que acham que o Brasil está fadado ao fracasso, ou dos que só enxergam pessimismo por todas as partes.
As transformações econômicas e sociais que vão surgindo na região onde está localizado o novo polo automotivo de Goiana chamam a atenção.
Historicamente, a Zona da Mata Norte pernambucana vivia da monocultura da cana-de-açúcar. Durante séculos, a sua economia girou em torno dessa produção, a grande fonte geradora de emprego e renda da região.
Com a instalação da Jeep, os canaviais vão dando lugar a um avançado e gigantesco complexo industrial.
Em volta dele estão reunidas quase duas dezenas de grandes empresas de ponta, fornecedores, além de centro de pesquisa, desenvolvimento, inovação e engenharia. Uma multidão de pessoas, independentemente da idade ou da escolaridade, que viviam na informalidade ou trabalhavam na lavoura na cana estão sendo recrutadas na região e tendo a oportunidade de ter pela primeira vez, um emprego e uma carteira assinada.
Sem dúvida, uma revolução silenciosa acontece nesse pedaço de Brasil, com escolas, cursos, conhecimento se multiplicando.
Quando a presidente Dilma Rousseff desembarcar em Goiana, ela terá oportunidade de constatar isso, e o mundo poderá se conscientizar que, a exemplo da FCA, vale a pena acreditar e investir no Brasil.
Dilma será recebida pelo CEO da FCA, Sergio Marchionne, e pelos principais acionistas do grupo automobilístico, que se deslocaram da Europa e dos Estados Unidos para participar desse evento histórico, que está ajudando a mudar não só a realidade nordestina, mas também a imagem brasileira.
Fonte: Blog Helcio Zolini http://www.informepe.com/category/goiana/
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