O queridinho de Pindamonhangaba; Justiça bloqueia bens de Geraldo Alckmin em processo ligado à Odebrecht
SÃO PAULO — A Justiça de São Paulo bloqueou os bens do ex-governador de São Paulo e presidente nacional do PSDB Geraldo Alckmin . O processo está relacionado com uma denúncia de caixa 2 da Odebrecht para a campanha de 2014, em que Alckmin se reelegeu no primeiro turno.
A decisão, que cabe recurso, é do juiz Alberto Alonso Muñoz, da 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, atendendo a um pedido do Ministério Público (MP) de São Paulo. Muñoz ordenou o bloqueio de R$ 39,7 milhões dos investigados, incluindo Alckmin, a própria empreiteira e mais cinco réus executivos da empresa. O pedido de bloqueio em relação à conta de Alckmin é de R$ 9,9 milhões.
Segundo o Ministério Público, a Odebrecht, entre os anos de 2013 e 2015, por meio de dois ex-diretores, teria "escolhido candidatos a governador e deputados estaduais que correspondem a suas pretensões de ser beneficiada em licitações, contratos de obras públicas e parcerias público-privadas, através de contribuições não declaradas à Justiça Eleitoral às respectivas campanhas políticas”.
Procurada, a assessoria do ex-governador disse que a doação à campanha é desconhecida e que não há qualquer associação com atos de governo. "A própria delação de executivos da empresa acusada, na qual se baseiam a ação judicial e também a decisão liminar ora publicada, ressalva não haver qualquer vinculação entre as doaçōes eleitorais alegadamente efetuadas e atos ou contratos administrativos cumpridos nas gestōes do ex-governador" disse a assessoria em nota e que irá recorrer da decisão.
À Justiça, a defesa de Alckmin alegou que as delações premiadas seriam o único indício de caixa-2, mas o juiz rejeitou o pedido, alegando que há provas apresentadas pelo MP, além dos acordos de colaboração.
fonte: O Globo
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