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Defeito: Problema na válvula de admissão tem levado proprietários à rede Chevrolet para reparos nos blocos 1.0 e 1.4; Falha também afeta Celta, Classic, Agile e Montana

A General Motors do Brasil está silenciosamente substituindo uma importante peça do motor dos modelos Onix, Prisma, Cobalt, Spin, Celta, Classic, Agile e Montana. A prática, que talvez possa ser configurada como "recall branco", vem acontecendo sem divulgação pública e envolve a troca das travas e das válvulas de admissão e escape dos motores 1.0 e 1.4. As peças apresentam um problema de fabricação que impede seu funcionamento adequado, o que pode levá-las a quebrar e afetar o funcionamento do motor.
Segundo resposta oficial da GM do Brasil para a reportagem de Autoesporte, "algumas unidades de veículos Chevrolet ano-modelo 2013, todas com quilometragem rodada inferior a 20.000 quilômetros, podem necessitar, após uma verificação técnica, da eventual substituição das travas das válvulas de admissão e escapamento, face à falta de tratamento térmico destas travas pelo fornecedor, o que pode interferir na durabilidade dos componentes". À reportagem, a marca não revelou o número de unidades envolvidas no problema.
Proprietários do modelo Onix relatam que o hatch perde potência repentinamente.Autoesporte localizou ao menos dez relatos semelhantes de diversos estados do país e, na grande maioria dos casos, os veículos tinham cerca de 10 mil quilômetros rodados quando começaram a apresentar falhas. Orientadas pela GM, as concessionárias têm agendado um “atendimento especial” para os clientes que levam seus carros às oficinas, mas não esclarecem a natureza do problema ou que a falha é recorrente.
"Esta situação não representa qualquer prejuízo ao desempenho ou à segurança dos veículos. A rede de Concessionárias Chevrolet está preparada tecnicamente para o serviço e tem realizado contato telefônico com os proprietários dos veículos, para convidá-los a comparecer a uma concessionária Chevrolet para o procedimento de verificação e eventual substituição das travas. O serviço dura em média duas horas e não tem custo para o cliente", informa o comunicado da GM do Brasil enviado a Autoesporte.
Ordem de serviço de Alfredo Mainenti revela troca de válvulas mesmo sem sintomas do defeito (Foto: Arquivo Pessoal)
Funcionários da rede autorizada Chevrolet confirmaram que o procedimento em questão é uma "campanha interna" da montadora para evitar problemas que foram diagnosticados nas travas de válvula. Segundo eles, há uma lista de chassis dos veículos envolvidos na campanha, e proprietários dos carros com este problema não são comunicados oficialmente. O reparo é feito quando o veículo passa pela concessionária para revisão periódica ou algum outro serviço.
Foi o que aconteceu com o analista de marketing Alfredo Mainenti. Seu Onix não apresentou nenhum problema no motor, mas mesmo assim teve de passar pelo “atendimento especial” em uma concessionária no Rio de Janeiro. Após realizar a revisão periódica de 10 mil km, mesmo sem notar qualquer tipo de problema em seu carro, Alfredo foi orientado pela oficina a retornar em poucos dias para a troca das válvulas de admissão e escapamento.
“Eles me falaram que era um atendimento especial. Na mesma hora eu falei ‘atendimento especial? Isso é recall’, mas eles disseram que não se tratava, pois não representava riscos à segurança”, conta Mainenti. No entanto, ao ligar para a central de atendimento para agendar o procedimento, Mainenti diz que a atendente se referiu ao caso como recall. A marca identificou o chamado com a orientação técnica "IT 030G/13", código usado pela GM para classificar o procedimento de substituição das válvulas.
Motor 1.0 dos Chevrolet Onix e Prisma são afetados pela falha (Foto: Fabio Aro/Autoesporte)
Outro ponto polêmico é como configurar o defeito como falha de segurança: numa ultrapassagem, a perda de potência pode ou não representar risco de acidente? O professor de engenharia mecânica da FEI, Silvio Shizuo, explica que defeitos nas travas das válvulas de admissão e escapamento podem causar perda de cerca de 25% da potência no motor. “Um veículo com menor potência vai sentir mais essa perda, um motor 1.0, por exemplo”, explica. Segundo ele, especialmente motores maiores poderão continuar funcionando com apenas três cilindros, mas com menos força e produzindo ruídos.
Perda de potência é principal problema
O Onix de Eduardo Teixeira tinha pouco mais de 7 mil km rodados quando, em uma estada de Minas Gerais, começou a perder potência, e a luz que alerta para problemas com a injeção eletrônica apareceu no painel. O carro havia sido comprado sete meses antes, e teve de ser guinchado para a concessionária. Da oficina saiu o diagnóstico: a haste da válvula havia se soltado e seria necessário substituir a junta do cabeçote, o balancim da válvula e a junta do coletor de admissão. Um conserto de importantes peças do motor que não sairia por menos de R$ 1.483. Em uma de suas visitas à oficina, Teixeira notou que um dos pistões havia sido avariado por conta do problema, mas não seria substituído. “Questionei o chefe de oficina se o pistão seria trocado e ele me informou que não”, conta.
O Onix de Eduardo Teixeira teve o pistão avariado pelo problema da válvula (Foto: Arquivo Pessoal)
Apesar de o reparo ter sido coberto pela garantia, Teixeira não quer continuar com o carro e passou a exigir a troca do veículo por um novo. Ele alega que as diversas alterações feitas no motor original depreciam o valor final do veículo. Assim, o Código do Consumidor ampararia a substituição, mas a montadora se negou a realizar a troca. Atualmente, o Onix está estacionado em Divinópolis, a 100 km da capital Belo Horizonte, e espera por uma perícia judicial.
As válvulas são as peças que pemitem e impedem a entrada (admissão) e  a saída (escape) de combustível, ar e gases no cilindro. Seu desalinhamento ou desregulagem podem ser fatais para o funcionamento do motor. (Foto: ThinkStock/Autoesporte)
Menos paciência teve Guilherme Torbitoni. Quando o analista e sua esposa Priscila Sousa decidiram trocar o Prisma que possuíam, optaram pelo recém-lançado Onix. O design do lançamento e a confiança que tinha com a montadora pesaram na decisão. “Eu tenho uma Montana e meu sogro tem um Cobalt. Minha mulher tinha um Prisma que nunca tinha dado problema e dei como forma de pagamento”, conta.
O carro de Torbitoni começou a apresentar pequenos problemas com 150 km, mas foi quando o odômetro marcou 3 mil km que a “novela”, como o proprietário se refere ao caso, tomou proporções maiores. “A luz de injeção eletrônica acendeu e o carro ficou sem força, como se tivesse com um cilindro a menos, não desenvolvia velocidade”, conta. Os diagnósticos oferecidos pela oficina da concessionária em São Paulo afirmavam que se tratava de problema no sensor que detecta o fechamento do capô e que uma vela havia queimado. Além destes reparos, o veículo também teve a ventoinha e o chicote do motor trocados. Os reparos não solucionaram o problema, e o casal precisou levar o carro mais sete vezes a oficinas autorizadas pela Chevrolet em menos de três meses.
Quando há defeitos nas travas das válvulas, é comum que o pistão se choque contra a válvula, causando, além da perda de potência, danos às peças. “A trava é justamente para unir a mola com a válvula. Se danificar a trava, a válvula fica solta. Então, o pistão bate na válvula e causa dano.Também faz barulho porque o pistão começa a bater na válvula e perde o sincronismo”, explica o professor de engenharia mecânica da FEI, Silvio Shizuo. Apesar de perdas de potência serem comuns também em outras situações, como altas temperaturas de dias quentes, uso excessivo de gasolina e dirigir com cargas muito pesadas no veículo, o especialista também confirma que os propulsores são fabricados com uma margem significativa para poderem atuar nessas condições sem apresentar os problemas relatados.
Desde seu lançamento, em novembro de 2012, o Chevrolet Onix...
Vendeu 110 mil unidades
Assumiu o 8º lugar em vendas no Brasil
Teve 7.265 unidades envolvidas em recall das rodas
Teve mais 1.824 unidades convocadas por problema no banco
Participou de outro recall, por falha nos freios, com 11.521 unidades de Prisma, Cobalt e Spin
Lançamento, Onix coleciona problemas
Desde seu lançamento, o Chevrolet Onix já esteve envolvido em três recalls, por problemas distintos. No início do ano, 7.265 unidades do ainda novato foram envolvidas em um chamado por conta de problema nas rodas de aço, que poderiam cortar a parte interna dos pneus. Em junho, a razão para o chamado foi um problema na soldagem do suporte do pedal do freio, que também envolveu unidades do Prisma, Cobalt e Spin. Mais recentemente, no início de outubro, a GM do Brasil detectou problemas na soldagem de uma parte da estrutura dos bancos dianteiros. Com isso, mais 1.824 unidades do Onix e 859 do Prisma tiveram de visitar as oficinas autorizadas.
Figurinha carimbada nos rankings de carros mais emplacados, foram vendidas 3.673 unidades do Onix em setembro. Desde que foi lançado em novembro do ano passado, mais de 110 mil unidades do hatch já foram comercializadas. Foram vendidos mais de 116 mil Chevrolet Cobalt e cerca de 50 mil Spin.
Eduardo Teixeira proprietário de Chevrolet Onix com problema na válvula de admissão (Foto: Arquivo Pessoal)
Recall branco
Especialistas ouvidos pela reportagem de Autoesporte explicam que qualquer defeito que tenha potencial de causar riscos à saúde ou segurança da população deve ser solucionado a partir da abertura de um processo de recall. Este procedimento prevê ampla divulgação do problema e solução gratuita a todos os afetados.Casos em que o defeito é resolvido por meio de um procedimento interno e sem que os proprietários sejam oficialmente convocados para o reparo são considerados recall branco, prática que infringe o Código de Defesa do Consumidor. “No recall branco, a empresa sabe que gera risco, mas não dá início ao procedimento previsto em lei. Assim, ela comete uma ilegalidade e a multa por isso pode chegar a R$ 7 milhões”, explica Marcio Marcucci, diretor de fiscalização do Procon-SP.
“Quanto mais rápido fizer o recall, menos pessoas vão ter problemas”, afirma Maria Inês Dolci, coordenadora da associação de consumidores Proteste. “Se o defeito causou acidente, o consumidor pode solicitar na Justiça a reparação por danos morais e patrimoniais eventualmente sofridos”, complementa. (Colaborou Alberto Cataldi)

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