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Futebol em números: A estatística no futebol

Fernando Torres (Foto: Clive Mason/Getty Images)É um lugar-comum dizer que o futebol é uma caixinha de surpresas. Mas raramente algum torcedor ou clube se atreve a tentar contradizer a máxima. O Barcelona que o diga. O time catalão dominou o cenário do futebol mundial nos últimos cinco anos e sofreu derrotas inacreditáveis em suas duas últimas participações na Liga dos Campeões da Europa. No ano passado, Messi e companhia foram eliminados pelo londrino Chelsea nas semifinais. Nos 180 minutos jogados em duas partidas, o Barcelona manteve 80% da posse de bola, acertou cinco bolas na trave e perdeu um pênalti. No final das contas, marcou dois gols e tomou três. Neste ano, a eliminação foi ainda mais traumática. Mesmo com a bola nos pés por 59% do tempo nos dois confrontos contra o Bayern de Munique, os catalães levaram sete gols dos alemães e não fizeram nenhum. Situações como essas dão força ao argumento de que o futebol é um esporte imprevisível, em que o uso de estatísticas para prever resultados e guiar técnicos jamais alcançará a importância obtida em outras competições.
Fernando Torres (Foto: ÉPOCA)>> Reportagens da Copa do Mundo

Uma corrente de estatísticos está decidida, porém, a mudar essa impressão. “É possível expressar quase todos os aspectos do futebol em números”, afirma o britânico Chris Anderson, professor de estatística na Universidade Cornell, nos Estados Unidos, autor do livroOs números do jogo – Por que tudo o que você sabe sobre futebol está errado (Editora Paralela, 353 páginas), lançado nesta semana no Brasil. Ele escreveu o livro com o americano David Sally, economista comportamental e professor de negócios da Faculdade Dartmouth. A obra, considerada pelos dois um “manifesto pelo futuro do futebol”, destrói mitos do campo e mostra como os maiores clubes do mundo se aproveitam de análises matemáticas e métodos de computação. Segundo Anderson, que também trabalha como consultor de times britânicos, a Europa e os Estados Unidos estão repletos de empresas especializadas em analisar dados futebolísticos para tentar entender as jogadas que levam ao gol.

Um exemplo: a cobrança de escanteios não é uma delas – apesar de os torcedores britânicos, exoticamente, a comemorarem quase como um gol. Ao analisar 1.434 escanteios de 134 partidas do campeonato inglês entre 2010 e 2011, os autores descobriram que quatro de cada cinco escanteios não levam a nem sequer uma finalização. Pior: um time britânico só faz um gol originado por um escanteio a cada dez jogos.
Dizer que um time que faz um gol é mais propenso a levar outro em seguida – um chavão de muitos comentaristas de futebol – também não faz sentido. Pelo contrário. Segundo dados de uma pesquisa da Universidade City de Londres, feita pelos psicólogos Peter Ayton e Anna Braennberg, as equipes ficam menos suscetíveis a tomar gols imediatamente após marcar. Nem todos os gols têm o mesmo valor. Anderson e Sally desenvolveram uma estatística chamada de “pontuação marginal”. Ela mostra que times que fazem dois gols por partida tendem a ganhar mais jogos que os que fazem três ou quatro gols. Por isso, o primeiro e o segundo gol de uma partida são os mais valiosos. Com base nesse critério, Anderson e Sally afirmam que o Chelsea, em vez de ter pagado 50 milhões de libras ao Liverpool, em janeiro de 2011, pelo passe do espanhol Fernando Torres, centroavante da seleção campeã do mundo, teria feito melhor negócio se tivesse contratado o menos renomado atacante britânico Darren Bent. Mesmo tendo marcado menos que Torres nas temporadas de 2010 e 2011, Bent fez mais tentos decisivos – o primeiro ou o segundo gol de uma partida – e ajudou, mais que qualquer outro jogador, seus times (Sunderland e Aston Villa) a pontuar mais.
Paolo Maldini (Foto: Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)
>> Britânicos são os que mais procuram hotéis para a Copa do Mundo

“Números não faltam. O problema é interpretá-los devidamente”, diz Anderson. Por isso, algumas estatísticas, apesar de seguidas fervorosamente como segredo da vitória, devem ser analisadas com cautela. Os números da posse de bola são uma delas. A obsessão por monitorá-la cresceu com o sucesso do Barcelona sob a direção do técnico Josep Guardiola. Ele instaurou na equipe a filosofia de segurar e tocar a bola o maior tempo possível. Com essa fórmula, o Barcelona ganhou 13 títulos em quatro anos. Mas posse de bola não é tudo, dizem Anderson e Sally. Em média, os times com mais posse de bola terminam o campeonato inglês em sétimo lugar na tabela. O próprio Barcelona é uma demonstração de que a posse de bola é uma arma eficaz, mas nem tanto. Após 316 partidas oficiais consecutivas com predominância nesse quesito, o time, agora treinado pelo argentino Tata Martino, manteve apenas 49% de posse de bola num jogo, em setembro, contra o Rayo Vallecano, pelo campeonato espanhol. Ganhou de 4 a 0. Outro número equivocamente considerado como sinônimo de vitória são os chutes a gol. “É completamente errado acreditar nisso”, diz Anderson. Ele e Sally examinaram 8.232 partidas das quatro maiores ligas europeias (Inglaterra, Alemanha, Espanha e Itália) de 2005 a 2011. Uma das conclusões: o time que chuta mais a gol ganha entre 50% e 58% das vezes.

Os próprios autores reconhecem que há muito aspectos decisivos no futebol que não podem ser quantificados. Um grande exemplo é Paolo Maldini, ex-zagueiro do Milan e da seleção italiana. Por causa de sua colocação impecável em campo, ele praticamente não recorria ao artifício clássico dos defensores: o carrinho. Maldini fazia apenas um a cada duas partidas. “Um zagueiro bem colocado é um herói invisível”, afirma Anderson. Mário Zagallo, tetracampeão mundial pelo Brasil, diz que “o futebol sempre será imprevisível”. “Não é possível quantificar o aspecto psicológico de um jogador”, afirma. Anderson lhe dá razão. “A sorte continua incrivelmente importante”, diz. “Ela torna o futebol tão maravilhoso.” Os números podem até derrubar alguns dogmas. Mas, ao que tudo indica, o velho chavão da caixinha de surpresas continuará firme. 

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