O motor E.torQ 1.8, da Fiat, foi apresentado em 2010 cheio de moral. O uso de corrente em vez de correia para o comando de válvulas era uma garantia de maior durabilidade. Para alguns proprietários de Fiat, porém, não foi essa a impressão que ficou.
É o caso do empresário Vincenzo Bianco Montesano Simone, de São Paulo, que teve duas quebras do motor em carros diferentes na sua família, ambos com picapes Fiat Strada Adventure CD. "Estava dirigindo quando começou a fazer um tec-tec, que aumentava conforme eu acelerava. Até que a picape quebrou no dia em que a garantia vencia. Tive que levá-la ao meu mecânico de confiança, que descobriu pistões quebrados", diz.
A visita ao mecânico, aos 30 000 km, que custou cerca de 4 000 reais, se repetiu aos 60 000 e aos 90 000 km. "Somando tudo, meu prejuízo ficou em 10 000 reais", diz. Não bastasse isso, a Strada do seu pai sofreu o mesmo mal e também não teve o conserto realizado em garantia.
Algo que o engenheiro agrônomo José Machado de Assunção Neto, de Vilhena (RO), conseguiu depois de muita cobrança. "Com apenas 2 700 km, o motor começou a fazer barulho e eu parei o carro. Na autorizada, detectaram que a cabeça de um dos pistões havia quebrado e ainda afetou o cabeçote. Dois meses depois, apareceu o mesmo problema: quebra de pistão. Quando deu defeito de novo, eu me cansei. Após muita reclamação, a Fiat me mandou um motor novo, que foi trocado e nunca mais deu defeito", diz Neto.
Além de quebras, alguns proprietários reclamam de falhas dos motores E.torQ, como o advogado Rogério Romanin, de Araras (SP), dono de um Bravo 1.8. "Meu carro ficou 28 dias na concessionária e os vários engenheiros que analisaram o caso não encontraram a solução. Desde o primeiro dia, quando está frio, o motor fica pipocando até morrer e, quando quente, afoga nas acelerações."
fonte:http://quatrorodas.abril.com.br/autoservico/auto-defesa/problema-motor-torq-1-8-757080.shtml
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